medidas tributárias https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/131733/all pt-br Para sindicalistas, plano da indústria deve ser acompanhado de garantia do emprego https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-04-03/para-sindicalistas-plano-da-industria-deve-ser-acompanhado-de-garantia-do-emprego <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Daniel Lima, Yara Aquino, Luciana Lima e Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Ao discursar durante o lan&ccedil;amento das <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-03/governo-reforca-acoes-sobre-cambio-e-desonera-folha-de-pagamentos-para-estimular-industria">medidas de est&iacute;mulo &agrave; ind&uacute;stria</a>, hoje (3), no Pal&aacute;cio do Planalto, o presidente da Uni&atilde;o Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse &agrave; presidenta Dilma Rousseff que o governo deve exigir dos setores beneficiados a garantia do emprego e o compromisso das empresas com o trabalho decente.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s concordamos que um pa&iacute;s rico &eacute; um pa&iacute;s com sua ind&uacute;stria rica. N&atilde;o podemos ter um pa&iacute;s desindustrializado. &Eacute; fundamental a valoriza&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria. Mas, para isso, h&aacute; alguns componentes t&atilde;o importantes quanto, que s&atilde;o a quest&atilde;o da qualifica&ccedil;&atilde;o e, em especial, a manuten&ccedil;&atilde;o do emprego&rdquo;, disse o sindicalista.</p> <p> No an&uacute;ncio feito hoje, o governo refor&ccedil;ou a&ccedil;&otilde;es sobre o c&acirc;mbio, lan&ccedil;ou medidas tribut&aacute;rias, com a desonera&ccedil;&atilde;o da folha de pagamento, al&eacute;m de est&iacute;mulos &agrave; produ&ccedil;&atilde;o nacional. Foram destacadas ainda medidas para reduzir o custo do com&eacute;rcio exterior e de defesa comercial. Outra medida &eacute; o incentivo ao setor de informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Foram divulgadas ainda melhores condi&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econ&ocirc;mico Social (BNDES), e condi&ccedil;&otilde;es mais favor&aacute;veis para a ind&uacute;stria automobil&iacute;stica nacional.</p> <p> Ele lembrou que essa mesma discuss&atilde;o ocorreu durante o governo do ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, na ocasi&atilde;o em que o Planalto anunciou desonera&ccedil;&otilde;es para o setor automobil&iacute;stico e produtores da chamada linha branca, que inclui geladeiras, m&aacute;quinas de lavar, fog&otilde;es e outros eletrodom&eacute;sticos.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s, do movimento social, insistimos com o ex-presidente Lula para que se colocasse tamb&eacute;m a exig&ecirc;ncia da manuten&ccedil;&atilde;o do emprego e foi feito daquela forma. Da mesma maneira, senhora presidenta, achamos important&iacute;ssimo que os direitos dos trabalhadores, a manuten&ccedil;&atilde;o do emprego sejam valorizados. N&oacute;s, do movimento sindical, precisamos, juntos com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico e Social], verificar se naquelas empresas que ter&atilde;o acesso a esses recursos, se o trabalho decente &eacute; mantido&rdquo;, ressaltou durante o discurso.</p> <p> Patah tamb&eacute;m cobrou do governo uma maior agilidade para se fazer uma reforma tribut&aacute;ria ampla no sentido de diminuir a carga tribut&aacute;ria. &ldquo;N&oacute;s temos que ter produtos competitivos, mas produtos com pre&ccedil;os acess&iacute;veis. Certos produtos no Brasil s&atilde;o muitos mais caros que na Europa e nos Estados Unidos. Ent&atilde;o &eacute; importante que juntos iniciemos um processo de reforma tribut&aacute;ria em nosso pa&iacute;s&rdquo;, disse Patah.</p> <p> Quanto a quest&atilde;o do governo decidir mexer no c&acirc;mbio, para o sindicalista, as a&ccedil;&otilde;es anunciadas s&atilde;o &ldquo;t&iacute;midas&rdquo;. &ldquo;Achamos um pouco t&iacute;mido o que o companheiro Guido Mantega apontou. D&aacute; para fazer mais, mas j&aacute; &eacute; um bom come&ccedil;o. N&oacute;s temos que ter acesso &agrave; capacidade de exportar bens industrializados do que ficar s&oacute; exportando as nossas riquezas, nosso min&eacute;rio, a nossa agricultura. Temos que exportar produtos de valor agregado que termos a capacidade de produzir em nosso pa&iacute;s&rdquo;, destacou Patah.</p> <p> Sobre o c&acirc;mbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que as medidas ter&atilde;o car&aacute;ter permanente, incluindo o aumento das reservas internacionais. A pol&iacute;tica de aumentar a al&iacute;quota do Imposto sobre Opera&ccedil;&otilde;es Financeiras (IOF) tamb&eacute;m ser&aacute; mantida para taxar as opera&ccedil;&otilde;es especulativas. Por outro lado, a taxa b&aacute;sica de juros (Selic), que n&atilde;o tem como objetivo reduzir o c&acirc;mbio, ajudar&aacute; a evitar que os especuladores venham a investir no Brasil para garantir maior rentabilidade de suas aplica&ccedil;&otilde;es.</p> <p> J&aacute; o presidente da For&ccedil;a Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da For&ccedil;a, chamou o pacote do governo de &ldquo;pacotinho&rdquo;. &ldquo;A princ&iacute;pio n&atilde;o parece um pacote, parece mais um pacotinho. &Eacute; muito t&iacute;mido em rela&ccedil;&atilde;o ao que a gente espera para poder alavancar a ind&uacute;stria nacional. O governo demorou demais. At&eacute; agora o Brasil Maior, lan&ccedil;ado h&aacute; oito meses, n&atilde;o funcionou, praticamente n&atilde;o existiu, os conselhos n&atilde;o funcionaram&rdquo;, criticou.</p> <p> As medidas anunciadas pelo governo s&atilde;o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-03/governo-desonera-folha-de-pagamento-de-15-setores">destinadas a 15 setores da produ&ccedil;&atilde;o industrial</a>. Na opini&atilde;o de Paulinho da For&ccedil;a, as medidas anunciadas s&atilde;o pontuais e n&atilde;o representam uma pol&iacute;tica industrial. &ldquo;A ind&uacute;stria brasileira &eacute; composta de 127 setores&rdquo;, destacou o sindicalista.</p> <p> Paulinho da For&ccedil;a disse ainda que h&aacute; uma grande preocupa&ccedil;&atilde;o com a manuten&ccedil;&atilde;o do emprego e que as empresas j&aacute; come&ccedil;aram a cortar vagas devido &agrave;s dificuldades enfrentadas. &ldquo;As empresas j&aacute; come&ccedil;aram a dar f&eacute;rias coletivas e a demitir&rdquo;, alertou.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> compromisso com o trabalho Economia estímulo à indústria garantia do emprego medidas tributárias Nacional Plano Brasil Maior sindicalistas Tue, 03 Apr 2012 16:33:43 +0000 fabio.massalli 692140 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/