Escola Nacional de Circo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/131468/all pt-br Ator defende apoio oficial para que o circo se mantenha como atividade artística e empresarial https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-03-27/ator-defende-apoio-oficial-para-que-circo-se-mantenha-como-atividade-artistica-e-empresarial <p> Paulo Virgilio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O circo precisa de apoio oficial para se manter como atividade empresarial e art&iacute;stica, assegurando, assim, a continuidade da tradi&ccedil;&atilde;o da arte circense, defendeu hoje (27), no Dia Nacional do Circo, o empres&aacute;rio e ator carioca Limachem Cherem, colega de picadeiro por mais de 20 anos de Carequinha, o mais famoso palha&ccedil;o brasileiro. Para ele, n&atilde;o h&aacute; muito o que comemorar na data.</p> <p> &ldquo;O circo hoje n&atilde;o anda bem. Al&eacute;m da restri&ccedil;&atilde;o ao uso de animais, a atividade sofre com a escassez de terrenos nas cidades para a montagem das lonas. Um exemplo disso &eacute; a Pra&ccedil;a Onze, um ponto tradicional do circo, hoje totalmente ocupada pelo Terreir&atilde;o do Samba&rdquo;, diz o ator de 55 anos, que vive o palha&ccedil;o Cherem. Empres&aacute;rio do setor, ele seguiu a tradi&ccedil;&atilde;o de ensinar a arte &agrave;s filhas e as duas, Slanny e Sluchem, s&atilde;o hoje, respectivamente, as palha&ccedil;as Carequita e Repita.</p> <p> Para Limachem Cherem, a tradi&ccedil;&atilde;o de passar a arte circense para outras gera&ccedil;&otilde;es est&aacute; acabando. &ldquo;As fam&iacute;lias circenses est&atilde;o acabando&rdquo;, reconhece. Ele, no entanto, lembrou de iniciativas que considera positivas, como o pr&ecirc;mio criado pela Funda&ccedil;&atilde;o Nacional de Arte (Funarte) ap&oacute;s a morte de Carequinha, em 2006. Com o patroc&iacute;nio da Petrobras, o Pr&ecirc;mio Carequinha contempla, com ajuda financeira, companhias, trupes ou grupos circenses que queiram adquirir equipamentos, produzir espet&aacute;culos ou organizar festivais de arte circense.</p> <p> Outra preocupa&ccedil;&atilde;o do palha&ccedil;o e empres&aacute;rio circense &eacute; quanto &agrave; empregabilidade dos profissionais do setor. &ldquo;Muitos palha&ccedil;os, equilibristas e malabaristas ganham a vida hoje nos sinais de tr&acirc;nsito e em pra&ccedil;as p&uacute;blicas.&rdquo;</p> <p> Cherem registra ainda outro fen&ocirc;meno comum, a migra&ccedil;&atilde;o de artistas que se formam pela Escola Nacional de Circo para outros pa&iacute;ses. &ldquo;&Eacute; uma honra muito grande mandarmos artistas brasileiros para os circos internacionais, mas, mesmo l&aacute; fora, n&atilde;o h&aacute; um grande mercado de trabalho, e muitos acabam em parques de divers&otilde;es e casas de <em>shows</em>&rdquo;, relata.</p> <p> Criada em 1982 pelo ator circense Luis Olimecha e sediada no Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Circo &eacute; a &uacute;nica institui&ccedil;&atilde;o de ensino diretamente mantida pelo Minist&eacute;rio da Cultura. Atualmente com 200 alunos matriculados, admitidos por concurso, a escola oferece cursos regulares de forma&ccedil;&atilde;o e reciclagem de artistas. O terreno de 7 mil metros quadrados que ocupa, na Pra&ccedil;a da Bandeira, abriga uma lona com capacidade para 3 mil espectadores.</p> <p> Mas, se, nas grandes cidades, os grandes circos lutam por espa&ccedil;os para montar suas lonas e cumprir as normas de seguran&ccedil;a do Corpo de Bombeiros e as exig&ecirc;ncias das prefeituras, no interior do pa&iacute;s, ainda h&aacute; a tradi&ccedil;&atilde;o de receber os pequenos circos mambembes de bra&ccedil;os abertos. &ldquo;Nas pequenas cidades, eles [os pequenos circos] ainda encontram espa&ccedil;os para montar suas pequenas lonas. S&atilde;o cidades carentes de divers&atilde;o, e quando o circo chega &eacute; uma alegria&rdquo;, afirma o palha&ccedil;o Cherem, lembrando sua pr&oacute;pria experi&ecirc;ncia pelo interior fluminense.</p> <p> O Dia Nacional do Circo &eacute; comemorado nesta data porque foi o dia em que nasceu, em 1897, na cidade paulista de Ribeir&atilde;o Preto, Abelardo Pinto, o palha&ccedil;o Piolin. Falecido em 1973, Piolin &eacute; considerado o pioneiro no reconhecimento do circo entre as artes c&ecirc;nicas brasileiras.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em></p> apoio oficial artes cênicas artes circenses circo Cultura Escola Nacional de Circo Ministério da Cultura Tue, 27 Mar 2012 20:07:07 +0000 lana 691686 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/