Garambi https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/130889/all pt-br Argentina quer mais investimentos da Petrobras e negocia criação de empresa binacional para administrar hidrelétricas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-03-07/argentina-quer-mais-investimentos-da-petrobras-e-negocia-criacao-de-empresa-binacional-para-administr <p> Monica Yanakiev<br /> <em>Correspondente da EBC na Argentina</em></p> <p> Buenos Aires &ndash; A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, quer que a Petrobras invista mais no pa&iacute;s, segundo informou nesta quarta-feira (7) o ministro de Minas e Energia, Edison Lob&atilde;o. Este ser&aacute; o tema de um encontro, em Bras&iacute;lia, daqui a duas semanas, de Lob&atilde;o com o ministro do Planejamento argentino, J&uacute;lio de Vido, e a presidenta da Petrobras, Maria das Gra&ccedil;as Foster.</p> <p> O pedido de Cristina Kirchner foi feito no contexto de um ano cr&iacute;tico para a Argentina. O governo quer assegurar, em um momenento de crise internacional, um super&aacute;vit na balan&ccedil;a comercial argentina de US$ 10 bilh&otilde;es. Mas ter&aacute; que gastar US$ 7 bilh&otilde;es para importar energia, mais que o triplo do que gastou no ano passado. Tradicional produtora e exportadora de energia, a Argentina virou importadora no ano passado, por causa do ritmo acelerado de crescimento da economia (7% em m&eacute;dia, desde 2003) combinado com a falta de investimentos externos.</p> <p> Em janeiro, o governo argentino mandou investigar a Petrobras e mais quatro empresas de petr&oacute;leo (Repsol-YPF, Shell, Esso e Oil) com a acusa&ccedil;&atilde;o de que cobravam sobrepre&ccedil;o pelo combust&iacute;vel vendido a empresas de transporte. O principal alvo do governo com a investiga&ccedil;&atilde;o tem sido a Repsol-YPF, respons&aacute;vel por 65% da produ&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo e g&aacute;s na Argentina.</p> <p> As prov&iacute;ncias petroleiras argentinas apresentaram um ultimato a YPF-Repsol para que aumente a produ&ccedil;&atilde;o. Na quarta-feira, depois do encontro com Lob&atilde;o, o ministro J&uacute;lio de Vido disse, em entrevista, que a Argentina est&aacute; iniciando uma &ldquo;nova rela&ccedil;&atilde;o com a Petrobras, para aprofundar a produ&ccedil;&atilde;o nas prov&iacute;ncias petroleiras&rdquo;. Segundo Lob&atilde;o, existem varias possibilidades de investimento, desde a abertura de mais postos de gasolina at&eacute; uma eventual participa&ccedil;&atilde;o da estatal brasileira no capital da YPF-Repsol. &ldquo;Mas os detalhes ser&atilde;o discutidos na reuni&atilde;o em Bras&iacute;lia&rdquo;, esclareceu, em entrevista na Embaixada do Brasil em Buenos Aires.</p> <p> Lob&atilde;o encontrou-se com De Vido para acompanhar a abertura das propostas da licita&ccedil;&atilde;o para constru&ccedil;&atilde;o de duas hidrel&eacute;tricas binacionais no Rio Uruguai, na fronteira da Argentina com o Rio Grande do Sul. Os nomes das empresas ganhadoras ser&atilde;o anunciados na quinta-feira (8) e as obras devem come&ccedil;ar em 20 meses.</p> <p> A Hidrel&eacute;trica Garabi ter&aacute; pot&ecirc;ncia instalada de 1.152 megawatts. A segunda usina, Panambi, ter&aacute; 1.048 megawatts de pot&ecirc;ncia instalada. A ideia, segundo Lob&atilde;o, &eacute; criar uma empresa binacional para administrar as geradoras, com estrutura administrativa mais leve e &aacute;gil que a da Itaipu Binacional, uma parceria entre Brasil e Paraguai para gerir a Hidrel&eacute;trica de Itaipu. Segundo o ministro, devem ser investidos nas duas usinas entre US$ 4,2 bilh&otilde;es e US$ 4,8 bilh&otilde;es.</p> <p> Inicialmente, as duas hidrel&eacute;tricas teriam o dobro de pot&ecirc;ncia instalada e sairiam 80% mais caras. Mas os projetos foram mudados para reduzir o tamanho do reservat&oacute;rio de &aacute;gua das usinas, para minimizar impactos ao meio ambiente e ao Salto do Yacum&atilde;, a maior cachoeira longitudinal do mundo, com 1.800 metros de extens&atilde;o, no Rio Uruguai. Os dois governos tamb&eacute;m negociam a constru&ccedil;&atilde;o de mais pontes sobre o rio para ampliar a integra&ccedil;&atilde;o entre Brasil e Argentina.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Vinicius Doria</em></p> Argentina combustíveis Economia energia Garambi hidrelétrica Internacional Panambi petrobras petróleo Repsol Salto do Yacumã usinas Wed, 07 Mar 2012 19:12:34 +0000 vinicius.doria 690327 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/