fungicida https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/129856/all pt-br Exportadores de suco de laranja e governo se reúnem para discutir entraves na venda aos EUA https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-01-31/exportadores-de-suco-de-laranja-e-governo-se-reunem-para-discutir-entraves-na-venda-aos-eua <p> Danilo Macedo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de Exportadores de Sucos C&iacute;tricos (Citrus-BR), Christian Lohbauer, reuniu-se hoje com representantes de minist&eacute;rios para pedir que o governo assuma o papel de interlocutor, junto &agrave;s autoridades americanas, na solu&ccedil;&atilde;o do problema gerado desde que a Ag&ecirc;ncia Americana de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em ingl&ecirc;s) anunciou que uma empresa americana detectou baixas quantidades do fungicida carbendazim no suco de laranja comprado do Brasil.</p> <p> Lohbauer disse que os Minist&eacute;rios da Agricultura, de Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores e de Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior, j&aacute; t&ecirc;m um grupo que examina o assunto desde que ele veio &agrave; tona e que, nas pr&oacute;ximas semanas, representantes de cada pasta se reunir&atilde;o com autoridades americanas de diferentes &aacute;reas para tratar o caso. &ldquo;Vai ser um esfor&ccedil;o muito mais pol&iacute;tico do que t&eacute;cnico, porque a posi&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica j&aacute; foi toda conversada&rdquo;.</p> <p> Embora o carbendazim seja aceito nos outros mercados, est&aacute; proibido nos Estados Unidos desde 2009 e a detec&ccedil;&atilde;o do produto no suco brasileiro foi considerado pelos americanos como uma viola&ccedil;&atilde;o das regras, explicou Lohbauer. Ap&oacute;s se reunir no Minist&eacute;rio da Agricultura com o secret&aacute;rio executivo, Jos&eacute; Carlos Vaz, e o de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais, C&eacute;lio Porto, ele disse acreditar numa solu&ccedil;&atilde;o a curto prazo.</p> <p> &ldquo;A ningu&eacute;m interessa que o suco brasileiro n&atilde;o entre nos Estados Unidos. &Eacute; uma quest&atilde;o eminentemente t&eacute;cnica e legal. N&atilde;o h&aacute; o interesse, por exemplo, de proteger o mercado interno ou o produtor americano, porque o suco brasileiro &eacute; necess&aacute;rio na cadeia produtiva americana, n&atilde;o h&aacute; outro fornecedor mundial com a propor&ccedil;&atilde;o do suco brasileiro que forne&ccedil;a para os EUA&rdquo;, disse Porto.</p> <p> Lohbauer garantiu que desde a primeira semana de janeiro a ind&uacute;stria brasileira suspendeu o uso do carbendazim em suas lavouras e que um trabalho de divulga&ccedil;&atilde;o deve ser feito com os demais produtores. O projeto apresentado pela ind&uacute;stria &eacute; de uma car&ecirc;ncia de 18 meses para que 100% do produto brasileiro chegue ao mercado americano sem nenhum res&iacute;duo do fungicida proibido l&aacute;.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o ao que j&aacute; foi enviado aos Estados Unidos, que pode ultrapassar 30 mil toneladas do produto, a lei americana prev&ecirc; duas alternativas: incinera&ccedil;&atilde;o ou reexporta&ccedil;&atilde;o para outros mercados. Lohbauer disse que nenhum exportador deve optar pela incinera&ccedil;&atilde;o. Apesar de aceitar a retirada do fungicida das lavouras brasileiras, o presidente da Citrus-BR disse que n&atilde;o houve falha do produtor nacional.</p> <p> &ldquo;O produto est&aacute; dentro da lei brasileira, todos os outros mercados aceitam. O citricultor n&atilde;o fez nada de errado, a ind&uacute;stria n&atilde;o fez nada de errado. O fato &eacute; que a maneira como n&oacute;s fazemos a medi&ccedil;&atilde;o e o monitoramento da subst&acirc;ncia n&atilde;o foi suficiente pra evitar que um &iacute;ndice m&iacute;nimo fosse detectado nos Estados Unidos. A ag&ecirc;ncia americana j&aacute; oficializou que isso n&atilde;o traz problema para a sa&uacute;de, ent&atilde;o todo suco brasileiro est&aacute; apto para consumo humano, mas a gente enfrenta uma quest&atilde;o legal&rdquo;, disse Lohbauer.</p> <p> O carbendazim &eacute; uma das tr&ecirc;s subst&acirc;ncias usadas em rota&ccedil;&atilde;o nas lavouras brasileiras de laranja para combater os fungos que a atacam. A solu&ccedil;&atilde;o &eacute; a substitui&ccedil;&atilde;o por outro, ainda a ser escolhido, e que, segundo Lohbauer, ainda n&atilde;o existe em quantidade suficiente no mercado brasileiro.</p> <p> Segundo a Citrus-BR, o Brasil exporta cerca de 1,2 milh&atilde;o de toneladas equivalentes de suco de laranja por ano a um valor de US$ 2 bilh&otilde;es. Cerca de 70% disso vai para a Uni&atilde;o Europeia e 13% para os Estados Unidos. No entanto, 55% das importa&ccedil;&otilde;es americanas de suco de laranja t&ecirc;m origem brasileira. L&aacute;, o suco brasileiro &eacute; misturado a sucos de outras proced&ecirc;ncias, de dentro do pa&iacute;s e do M&eacute;xico, para dar mais cor e gosto ao produto comercializado.<br /> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Rivadavia Severo</em></p> agroindústria Citrus-BR Economia exportação fungicida governo suco de laranja Tue, 31 Jan 2012 19:08:47 +0000 rivadavia.severo 688042 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/