apoio familiar https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/126241/all pt-br Paulistas vivem mais tempo na casa dos pais e podem ter melhor inserção no mercado de trabalho, diz Ipea https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-10-06/paulistas-vivem-mais-tempo-na-casa-dos-pais-e-podem-ter-melhor-insercao-no-mercado-de-trabalho-diz-ip <p> Jorge Wamburg<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Para estudar as diferentes inser&ccedil;&otilde;es de migrantes na sociedade paulistana, os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) que realizaram o estudo Perfil dos Migrantes em S&atilde;o Paulo dividiram os moradores da regi&atilde;o metropolitana de S&atilde;o Paulo em grupos de nativos de diferentes estados brasileiros e de estrangeiros. O estudo leva em conta os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad) de 2009, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).</p> <p> Uma primeira diferen&ccedil;a que chama a aten&ccedil;&atilde;o &eacute; o apoio familiar entre os grupos analisados. Se for utilizado como indicador a propor&ccedil;&atilde;o de pessoas de 30 a 60 anos que ainda est&atilde;o na casa dos pais, verifica-se que os paulistas contam com o apoio familiar por mais tempo, o que pode proporcionar a essas pessoas possibilidades melhores de forma&ccedil;&atilde;o profissional e inser&ccedil;&atilde;o no mercado de trabalho.</p> <p> Os estrangeiros tamb&eacute;m t&ecirc;m o indicador relativamente alto. Para os pesquisadores, isso pode denotar maior enraizamento no local, uma vez que uma maior propor&ccedil;&atilde;o de pais permanece residindo na cidade. J&aacute; os migrantes de regi&otilde;es brasileiras apresentam &iacute;ndices menores de tempo na casa dos pais. O estudo concluiu, por exemplo, que os cearenses s&atilde;o os que apresentam o menor &iacute;ndice de pessoas que vivem na casa dos pais.</p> <p> Segundo o Ipea, uma das caracter&iacute;sticas determinantes para a inser&ccedil;&atilde;o no mundo do trabalho &eacute; o n&iacute;vel de escolaridade do indiv&iacute;duo. Os migrantes do Nordeste, em geral, s&atilde;o os que apresentam menor escolaridade, especialmente os baianos, entre os quais 59% n&atilde;o conclu&iacute;ram o ensino fundamental.</p> <p> Os estrangeiros superam os paulistas em termos de escolaridade: 46% t&ecirc;m forma&ccedil;&atilde;o superior, contra apenas 24,3% dos nascidos no estado de S&atilde;o Paulo. Outros grupos de migrantes ultrapassam a m&eacute;dia dos paulistas natos com forma&ccedil;&atilde;o superior. Eles v&ecirc;m do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Esp&iacute;rito Santo, Rio de Janeiro e dos estados do Centro-Oeste, grupos em que 27,1% t&ecirc;m n&iacute;vel superior completo.</p> <p> Para analisar a inser&ccedil;&atilde;o no mundo do trabalho, foram selecionados quatro indicadores: a taxa de desemprego, posi&ccedil;&atilde;o na ocupa&ccedil;&atilde;o, horas trabalhadas e rendimento do trabalho. Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; taxa de desemprego aberto, os diferentes grupos de migrantes e os paulistas apresentaram valores pr&oacute;ximos da m&eacute;dia da regi&atilde;o metropolitana, 6,9%. Uma exce&ccedil;&atilde;o s&atilde;o os estrangeiros e os mineiros, que apresentaram taxas menores, e os pernambucanos, com taxa maior, de aproximadamente 8%.</p> <p> Tamb&eacute;m foi analisado o uso da <em>internet</em> nos &uacute;ltimos tr&ecirc;s meses e os resultados foram reveladores por mostrar as diferen&ccedil;as de inser&ccedil;&atilde;o dos distintos grupos. Os estrangeiros continuam se destacando, por seu desempenho acima do dos paulistas e de todos os outros grupos de migrantes. Por outro lado, os nordestinos ficam muito aqu&eacute;m dos demais.</p> <p> S&atilde;o Paulo &eacute; o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da Am&eacute;rica Latina. &Eacute; a cidade mais populosa do Brasil, do Continente Americano e de todo o Hemisf&eacute;rio Sul. &Eacute; tamb&eacute;m a cidade brasileira mais influente no cen&aacute;rio global, a sexta maior cidade do planeta e sua regi&atilde;o metropolitana, com 19 milh&otilde;es de habitantes, &eacute; a quarta maior aglomera&ccedil;&atilde;o urbana do mundo.</p> <p> A pesquisa do Ipea buscou analisar a situa&ccedil;&atilde;o atual da migra&ccedil;&atilde;o na capital paulista e seu entorno, regi&atilde;o marcada pelos sucessivos movimentos migrat&oacute;rios que constitu&iacute;ram as estruturas regionais da metr&oacute;pole. O estudo concluiu que as origens dos migrantes que foram para S&atilde;o Paulo, t&atilde;o diversas, revelam as realidades vividas pelos grupos de cada regi&atilde;o do Brasil e tamb&eacute;m dos pa&iacute;ses de onde vieram os migrantes que hoje vivem na capital paulista.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> América Latina apoio familiar centro financeiro estrangeiros formação profissional IBGE inserção social ipea migração Nacional Pnad região metropolitana de São Paulo são paulo Thu, 06 Oct 2011 18:56:47 +0000 lana 680636 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/