diabetes tipo 1 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/125152/all pt-br Pesquisadores testam nova técnica para transplantar células do pâncreas e melhorar saúde dos diabéticos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-09-11/pesquisadores-testam-nova-tecnica-para-transplantar-celulas-do-pancreas-e-melhorar-saude-dos-diabetic <p> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em><br /> S&atilde;o Paulo &ndash; Uma nova t&eacute;cnica para evitar a rejei&ccedil;&atilde;o e aumentar a seguran&ccedil;a nos transplantes de ilhotas de Langerhans - grupo de c&eacute;lulas do p&acirc;ncreas respons&aacute;vel pela produ&ccedil;&atilde;o de insulina - est&aacute; sendo estudada por pesquisadores do N&uacute;cleo de Terapia Celular Molecular (Nucel) da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP).</p> <p> O objetivo do transplante &eacute; fazer com que os portadores de diabetes tipo 1 n&atilde;o precisem mais tomar inje&ccedil;&otilde;es de insulina diariamente. Com a nova t&eacute;cnica, os m&eacute;dicos conseguem tamb&eacute;m evitar a rejei&ccedil;&atilde;o &agrave;s c&eacute;lulas transplantadas e eliminar a obriga&ccedil;&atilde;o do paciente ter que tomar rem&eacute;dios imunossupressores (para reduzir a atividade ou a efici&ecirc;ncia do sistema imunol&oacute;gico).</p> <p> Segundo a coordenadora do Nucel, a bi&oacute;loga Mari Sogayar, a administra&ccedil;&atilde;o dos rem&eacute;dios para evitar a rejei&ccedil;&atilde;o &eacute; complicada porque, al&eacute;m de serem medicamentos caros, provocam efeitos colaterais indesej&aacute;veis. &quot;Alguns deles s&atilde;o causadores de diabetes, outros derrubam a imunidade. Por isso, esse projeto s&oacute; &eacute; usado em casos extremos, quando o paciente diab&eacute;tico tipo 1 n&atilde;o consegue controlar a glicemia s&oacute; com insulina. A&iacute; tem que fazer alguma coisa, porque esse paciente pode morrer&rdquo;, explicou. No Brasil foram feitos transplantes desse tipo em cinco pacientes entre 2002 e 2006.</p> <p> A inten&ccedil;&atilde;o da nova t&eacute;cnica &eacute; &ldquo;enganar&rdquo; o organismo ao encapsular as ilhotas de Langerhans e torn&aacute;-las invis&iacute;veis ao sistema imunol&oacute;gico, que assim n&atilde;o consegue atac&aacute;-las. O m&eacute;todo &eacute; r&aacute;pido e nada invasivo, j&aacute; que consiste em introduzir uma c&aacute;psula com as ilhotas por meio de uma agulha e um cateter na regi&atilde;o pr&oacute;xima ao f&iacute;gado.</p> <p> &ldquo;A c&aacute;psula &eacute; feita de um material extra&iacute;do de algas, com uma estrutura que permite que o oxig&ecirc;nio entre nas c&eacute;lulas e que a insulina ultrapasse a barreira. O tecido impede ainda que o sistema imunol&oacute;gico destrua as ilhotas&rdquo;, explicou.</p> <p> Por enquanto a t&eacute;cnica foi testada apenas em camundongos tornados diab&eacute;ticos, que, de acordo com a bi&oacute;loga, reverteram a doen&ccedil;a depois de receberem as c&aacute;psulas. Os animais permaneceram normais por um per&iacute;odo longo, de 200 dias - mais da metade da vida. &ldquo;Ap&oacute;s 200 dias removemos as c&aacute;psulas e o animal voltou a ficar diab&eacute;tico&rdquo;.</p> <p> A bi&oacute;loga explicou que o desejo da equipe agora &eacute; partir para uma fase de testes em animais maiores, como porcos ou c&atilde;es e depois, tendo sucesso, pleitear a autoriza&ccedil;&atilde;o junto ao Comit&ecirc; de &Eacute;tica para passar para outra etapa: testes cl&iacute;nicos para avaliar a seguran&ccedil;a e a efic&aacute;cia do processo em seres humanos.</p> <p> &ldquo;Mas para isso vamos precisar de recursos e de apoio de agentes financiadores para que tenhamos material e pessoal capacitado para dar andamento ao projeto&rdquo;.&nbsp; A expectativa da coordenadora do Nucel &eacute; conseguir finalizar o projeto em dois anos.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> diabetes tipo 1 Núcleo de Terapia Celular Molecular pesquisa Saúde transplante Universidade de São Paulo Sun, 11 Sep 2011 14:56:01 +0000 aquintiere 678768 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/