espécies invasoras https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/123928/all pt-br Pesquisadores vão remover espécie invasora para preservar mico-leão-dourado em Niterói https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-08-15/pesquisadores-vao-remover-especie-invasora-para-preservar-mico-leao-dourado-em-niteroi <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></font></font></p> <p> Rio de Janeiro - At&eacute; o final do ano, pesquisadores brasileiros v&atilde;o come&ccedil;ar a retirar grupos de mico-le&atilde;o-de-cara-dourada de uma &aacute;rea em Niter&oacute;i, regi&atilde;o metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a coordenadora da opera&ccedil;&atilde;o, Maria Cec&iacute;lia Kierulff, diretora do Instituto Pri-Matas, h&aacute; dez anos, essa esp&eacute;cie, considerada invasora, foi acidentalmente solta na &aacute;rea que j&aacute; era habitada pelo mico-le&atilde;o-dourado, natural da regi&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Ele &eacute; muito pr&oacute;ximo do mico-le&atilde;o-dourado. Essas esp&eacute;cies ocupam o mesmo tipo de ambiente, alimentam-se das mesmas coisas, dormem nos mesmos locais. Ele pode at&eacute;, de alguma forma, excluir o mico-le&atilde;o nativo se essas duas esp&eacute;cies se encontrarem&rdquo;, explicou a pesquisadora, alertando que o encontro das duas esp&eacute;cies pode gerar uma disputa por &aacute;reas e comida.</p> <p> Segundo um levantamento coordenado por Maria Cec&iacute;lia, em 2009, havia mais de 100 micos-le&otilde;es-de-cara-dourada, esp&eacute;cie natural da Bahia, na floresta em Niter&oacute;i. Desde o resultado da pesquisa, os pesquisadores come&ccedil;aram a captar recursos e reuniram, este ano, mais de R$ 500 mil, a partir de financiamento internacional e de investimentos de institui&ccedil;&otilde;es e &oacute;rg&atilde;os como a C&acirc;mara de Compensa&ccedil;&atilde;o Ambiental do Rio de Janeiro.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma opera&ccedil;&atilde;o cara. N&atilde;o &eacute; s&oacute; tirar os micos dali. Eles ser&atilde;o colocados em quarentena e depois soltos na Bahia em uma &aacute;rea de floresta dentro da &aacute;rea original deles de distribui&ccedil;&atilde;o. E n&atilde;o &eacute; s&oacute; soltar l&aacute;. Vai ter uma equipe que ser&aacute; mantida por pelo menos dois anos para acompanhar a adapta&ccedil;&atilde;o dos grupos na nova &aacute;rea. &Eacute; um projeto grande que envolve v&aacute;rias equipes e dois estados&rdquo;, disse a coordenadora do projeto.</p> <p> Ela acredita que ser&atilde;o necess&aacute;rios mais de dois anos para concluir a remo&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A gente pretende fazer a captura em, no m&aacute;ximo, em 15 meses. Vai ser um processo intenso. Depois disso, o &uacute;ltimo grupo capturado que tem que ser acompanhado na floresta [na Bahia] pelo menos durante mais seis meses.&rdquo;</p> <p> As equipes, que incluem veterin&aacute;rios e pesquisadores, trabalham ainda com a possibilidade de surpresas que podem estender o prazo previsto. Um deles pode ser resultado da conviv&ecirc;ncia di&aacute;ria dos micos com os moradores que os alimentam com frequ&ecirc;ncia. Para Maria Cec&iacute;lia, esse conv&iacute;vio pode gerar o aparecimento de alguma doen&ccedil;a durante o per&iacute;odo de quarentena, que exigiria o tratamento antes da soltura do animal.</p> <p> Tamb&eacute;m podem ampliar o tempo estimado pelos cientistas a multiplica&ccedil;&atilde;o e a migra&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie invasora para outras &aacute;reas. &ldquo;Depois que a gente terminar essa captura, vamos ficar mais um tempo fazendo um novo levantamento para identificar se existem [micos-le&otilde;es-de-cara-dourada] em outras &aacute;reas. Se existirem, vamos capturar de novo, e isso pode prolongar o projeto&rdquo;, acrescentou a pesquisadora.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <font face="Verdana, sans-serif"><font size="2">Edi&ccedil;&atilde;o: Juliana Andrade</font></font><br /> &nbsp;</p> espécies invasoras fauna Meio Ambiente mico-leão-de-cara-dourada mico-leão-dorado pesquisa rio de janeiro Mon, 15 Aug 2011 14:10:30 +0000 julianas 676848 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/