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Soldado israelense salta de tanque após manobras na região

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Especialistas minimizam risco de ação militar contra o Brasil, mas chamam a atenção para outras ameaças

Criado em 27/11/12 22h31 e atualizado em 28/11/12 09h25
Por Alex Rodrigues Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Soldado israelense salta de tanque após manobras na Faixa de Gaza
Riscos à soberania nacional de qualquer nação vão além das armas estrangeiras. (Jim Hollander / Agência Lusa)

Brasília - Acadêmicos e o próprio representante do Ministério da Defesa que participaram hoje (27) do seminário Estratégias de Defesa Nacional, na Câmara dos Deputados, minimizaram os riscos de o Brasil ser alvo da ação militar de outros países, sobretudo sul-americanos. Fizeram, contudo, um alerta: em um mundo integrado pelas finanças e comunicações, os riscos à soberania nacional de qualquer nação vão além das armas estrangeiras.

"Não esperem que alguém vá despejar uma bomba nuclear em um outro país. Hoje, a guerra é financeira e midiática", disse o especialista em relações internacionais e geopolítica, o mexicano Alfredo Jalife-Rahme, para quem o maior destaque econômico e político do Brasil no cenário internacional afeta os interesses de outros países.

"As antigas colônias, afetadas pelo surgimento desta nova potência, não vão gostar nada disso. Embora eu considere que qualquer país teria que pensar muito antes de meter-se em uma guerra com um país das dimensões do Brasil, é preciso ter em mente que as guerras, hoje, são multidimensionais e que, portanto, há ameaças financeiras, comerciais e midiáticas. E eu ainda vejo o Brasil em uma situação frágil em termos [de segurança] financeiros", disse Jalife-Rahme à Agência Brasil.

Para o professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), André Martin, a própria Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - aliança militar que reúne 28 países, entre eles os Estados Unidos, a França e Alemanha – se transformou atualmente em uma ameaça à soberania de países que não fazem parte da aliança. Embora não crendo na possibilidade de uma guerra envolvendo o Brasil em um curto espaço de tempo, Martin chamou a atenção para o risco representado por potências que veem seu antigo poder declinar.

O subchefe de Inteligência Estratégica do Ministério da Defesa, o major Roberto Carvalho, minimizou as chances de o Brasil ser atacado por qualquer outro país dentro da atual conjuntura internacional, mas elencou uma séria de preocupações brasileiras, entre elas as chamadas ameaças assimétricas, como os ilícitos transnacionais e o narcotráfico. Ele também defendeu reaparelhamento das Forças Armadas.

"Hoje, para conter esse tipo de ameaças, podemos dizer que as Forças Armadas dispõem de recursos suficientes, já que a sua missão é apenas subsidiar os órgãos de segurança pública. Nossos recursos não são suficiente para uma atuação maior, daí a necessidade de reequiparmos nossas forças".

 

Edição: Aécio Amado

Creative Commons - CC BY 3.0

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