A Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Marabá, no Pará, denuncia que um ano e meio após o assassinato do casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo o Incra considerou que a esposa do suposto mandante do crime estava apta a receber um lote do assentamento de reforma agrária. A terra em questão é a mesma que estava em disputa na época da morte do casal de extrativistas. Segundo a CPT, Antonia Nery, casada com José Rodrigues Moreira, foi assentada no dia 18 de dezembro do ano passado. O advogado da Pastoral da Terra em Marabá, José Batista Afonso, explica que o réu já havia sido denunciado pelo próprio casal assassinado, por compra de uma parcela no assentamento, o que é ilegal, e por tentar expulsar três famílias que já estavam na área.