Radioagência Nacional

Foram sete horas de manifestação em frente ao Porto Graneleiro de Porto Velho, capital de Rondônia. Cerca de cem agricultores de um assentamento do Incra, situado à margem esquerda do rio Madeira, protestavam contra a abertura das comportas da usina de Santo Antonio. Segundo eles, a força das águas destruiu a área, que agora está imprópria para plantar e criar animais.

Proposto pelo Ministério Público Federal, o termo de compromisso prevê a regularização ambiental de assentamentos do estado e o controle do desmatamento nessas áreas. Atualmente, o Pará possui 1.084 projetos de assentamento, onde vivem quase 234 mil famílias.

O Incra respondeu à solicitação do Ministério Público Federal do Pará, que pediu explicações a respeito da inclusão do nome de Antônia Nery como beneficiária da reforma agrária no estado. O instituto explicou que houve um equívoco na inclusão do nome de Antônia, que é mulher de José Rodrigues Moreira, acusado de mandar matar o casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo em 2011. O Incra informou por meio de sua assessoria que entrará com uma ação para a retomada da terra.

Um encontro para discutir o manejo de fauna e pesca nos projetos de assentamento do Oeste do Pará será realizado pelo Incra entre os dias 13 e 15 de março em Santarém. O público-alvo do evento são assentados que residem em áreas ambientalmente diferenciadas sob a gestão do instituto, como os projetos de assentamento agroextrativistas e os projetos de desenvolvimento sustentável, em especial os localizados na região do Baixo Amazonas. O Incra destaca que o objetivo é enfatizar a sustentabilidade nas áreas de reforma agrária, estudar o potencial dos assentamentos e elaborar projetos de forma que as famílias obtenham renda com a exploração racional dos recursos naturais, combatendo a caça e a pesca predatórias.