Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os produtores de biodiesel conseguiram transferir para as distribuidoras de combustíveis 485,6 milhões de litros do produto nos dois dias do 34º Leilão de Biodiesel, promovido desde ontem (11) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No total, foram ofertados pelos produtores 588,7 milhões de litros.
Com o leilão, foram arrecadados R$ 1,015 bilhão nos dois dias. Dos 485,6 milhões de litros comercializados, 409,7 milhões foram arrematados ainda no primeiro dia da licitação e 75,9 milhões no pregão de hoje.
Do total comercializado, 99,5% são oriundos de produtores detentores do selo Combustível Social. O preço médio alcançou R$ 2,060 por litro, com um deságio médio de 12,83% quando comparado com o preço máximo de referência, em média de R$ 2,363 por litro.
Segundo a ANP, com o total comercializado, a indicação do mercado de óleo diesel é de uma comercialização de cerca de 9,7 bilhões de litros do B5 (o óleo já misturado) somente para o primeiro bimestre de 2014.
Os leilões de biodiesel atendem à Resolução 06 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que estabelece em 5% o percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B5), em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2010.
A ANP fez ao longo deste ano seis leilões de biodiesel ao longo do ano. O volume comercializado será fornecido por produtores das regiões Centro-Oeste (cerca de 50% do total); Sul (com 34%), Sudeste (22%) e Nordeste (cerca de 6%).
Atualmente respondendo por 5% da composição final do óleo diesel comercializado nas bombas dos postos de todo o país, o biodiesel poderá ter uma participação ainda maior na composição final do combustível.
Nesse sentido, o Ministério de Minas e Energia já encaminhou ao Palácio do Planalto uma proposta de aumento do índice do combustível vegetal na composição final após a mistura com o derivado de origem mineral.
A proposta atende a uma reivindicação dos próprios produtores, que sustentam ter capacidade de produção bem maior do que a demanda decorrente da adição de 5% atualmente em vigor. Eles alegam, ainda, a questão ambiental para o aumento do percentual do biodiesel no diesel convencional – porque reduziria ainda mais as emissões de gases de efeito estufa dos veículos.
Edição: Davi Oliveira
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