Obama respalda negociação do processo de paz do governo colombiano com as Farc

03/12/2013 - 20h02

 

Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou hoje (3) que a Casa Branca respalda o processo de paz iniciado pelo governo colombiano e as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc). “O passo em direção à paz foi correto”, disse Obama, ao lado do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que cumpre agenda oficial nos Estados Unidos. Os dois se reuniram por mais de uma hora na Casa Branca. 

“Dei parabéns ao presidente [Santos] por seus audazes e valentes esforços de levar a paz duradoura por meio desta negociação com as Farc”, disse o presidente dos Estados Unidos após o encontro. 

Obama se referiu a Santos como um “grande amigo” e que na última década houve mais aproximação e aprofundamento nas relações bilaterais. 

Em 2011, os Estados Unidos e a Colômbia firmaram um acordo de livre comércio e o governo norte-americano financiou, durante dez anos (entre 2000 e 2010) o chamado Plano Colômbia, para combater o narcotráfico, e que, indiretamente, também equipou o Exército para o conflito armado com a guerrilha. O plano foi executado durante o governo de Álvaro Uribe, em que Santos participou como ministro de Defesa.

O presidente colombiano, por outro lado, agradeceu o colega norte-americano pelo apoio e respaldo ao processo de paz e disse que os dois países estudam a possibilidade de triplicar programas conjuntos de treinamento de policiais e soldados na América Central e no Caribe, com objetivo de aumentar a “segurança na região”. 

No fim da reunião, em tom mais ameno, os dois presidentes falaram um pouco sobre o Mundial de Futebol de 2014, que ocorrerá no Brasil. Obama lembrou o fato de as seleções dos EUA e da Colômbia conseguirem a classificação para a competição da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Santos brincou e disse esperar que as duas equipes não se encontrem na primeira rodada. “Não queremos ter que passar pelo problema de eliminá-los”, disse.

 

Edução: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil