Pedro Peduzzi e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Presidente da CNODC Brasil Petróleo e Gás, – filial do CNPC, um dos grupos chineses que compõem o consórcio vencedor do Campo de Libra – Bo Qiliang disse que a empresa pretende participar de outros leilões no Brasil. “Estamos focados no projeto corrente, de Libra, mas abertos para avançar em outros projetos. Mas ainda é cedo para [detalhar] isso”, disse ele à Agência Brasil, após participar da cerimônia de assinatura do primeiro contrato para partilha e exploração do pré-sal.
A declaração do chinês vai ao encontro do que espera a presidenta Dilma Rousseff. “O Brasil dá claramente um sinal efetivo, concreto e inequívoco de que está aberto ao investimento privado, nacional ou estrangeiro. Essa solenidade atesta, mais uma vez, o sucesso das parcerias que o meu governo tem firmado com a iniciativa privada. Parcerias que vão além do petróleo e do pré-sal”, destacou ela.
O leilão teve como vencedor o consórcio formado pelas empresas Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e Cnooc (10%). O critério que definiu o primeiro colocado na licitação foi o excedente em óleo oferecido pelo consórcio, que ficou em 41,65%. A Petrobras entrou com 10% na oferta, além da sua participação mínima de 30%. Os investimentos partem das empresas vencedoras, e não do Estado.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Nacional e Biocombustíveis (ANP), Libra poderá gerar cerca de R$ 300 bilhões em royalties ao longo de 30 anos de produção. Do total, 75% serão aplicados na educação e 25% na saúde. O consórcio vencedor pagará ainda um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões à União. Essa será a primeira experiência do Brasil no regime de partilha da produção.
Com cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados, o Campo de Libra está localizado na Bacia de Santos, a cerca de 170 quilômetros do litoral do estado do Rio de Janeiro.
Edição: Juliana Andrade
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