Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Pelo menos dez pessoas foram presas, hoje (31), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, durante uma ação conjunta da Policia Civil e do Ministério Público Estadual. O objetivo da Operação Capa Preta 2 é cumprir 23 mandados de prisão preventiva contra milicianos do município. Os suspeitos são acusados por formação de quadrilha armada para a prática de crime hediondo.
Entre os mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Comarca de Duque de Caxias, sete são contra policiais militares, cinco ex-policiais militares, dois fuzileiros navais da Marinha, um ex-policial civil e um ex-vereador do município da Baixada Fluminense.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg) informou que essa é uma das mais violentas milícias do estado. Ainda segundo a secretaria, as investigações mostraram que a quadrilha é responsável por homicídios, ocultação de cadáveres, tortura, lesões corporais, extorsões e ameaças.
Os milicianos atuam na cobrança de taxas para serviços clandestinos de segurança, venda de cestas básicas com valores elevados, tráfico de armas de fogo, agiotagem, exploração da distribuição ilícita de sinal de TV a cabo e internet, exploração de jogos de azar, prestação de serviços de transporte coletivo alternativo e a venda ilegal de botijões de gás.
De acordo com as investigações, a quadrilha atua no município desde 2007, nos bairros de Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muisa, São Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila São José, Parque Suécia, Lote XV, Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho.
A primeira Operação Capa Preta ocorreu em 2010, quando policiais civis agiram no município de Duque de Caxias para desarticular uma quadrilha de milicianos. Todas as testemunhas de acusação do processo foram assassinadas, exceto o delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), Alexandre Capote.
A Operação Capa Preta 2 conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), ambos do Ministério Público do estado, da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança Pública, da Coordenadoria de Inteligência e da corregedoria, ambas da Polícia Militar.
Edição: Marcos Chagas
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