No Dia da Criança, três gerações se reúnem para celebrar infância

12/10/2013 - 15h02

Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Dia da Criança é um bom momento para as famílias se aproximarem dos pequenos e brincar. É assim na família Amaral, quando três gerações se reúnem para um dia de diversão.

“Dia da criança é importante também porque a gente está reunido”, explica o tímido Luca, de 7 anos. Ele é filho de Kellen Amaral, 31 anos, e neto de Euda Amaral, 49 anos, e irmão mais novo de Júlia, 9 anos.

Kellen explica que a data serve para a família estreitar ainda mais os laços. “É um dia dedicado às crianças, perguntamos o que eles querem almoçar, para onde querem ir”. Euda fez questão de mostrar que desempenha muito bem o papel de avó, de agradar aos netinhos. “Você vê o brilho no olhar da criança, é muito bom”.

A família conta que as brincadeiras mudaram entre as gerações. Se Euda gostava de panelas de brinquedo e bonecas, Kellen preferia as bicicletas e os jogos de tabuleiro. Ao falar em brinquedos, Júlia sorri, e com um sorriso tímido, mostra a marca de seu tablet, com jogos instalados. Luca se encanta com os bonecos e as máscaras de super-heróis que acendem luzes.

Para Euda, a diferença entre sua infância e a de seus netos está nas novidades tecnológicas. “Na minha época, eram as brincadeiras de rua que inventávamos e brinquedos artesanais. Hoje em dia, as crianças querem tablets, celulares, computadores”. Kellen acredita que os brinquedos eletrônicos e o aumento da violência afastaram as crianças das brincadeiras de rua. Ela conta que Júlia e Luca não podem brincar na rua sem a supervisão de um adulto.

Mesmo com os jogos eletrônicos, algumas brincadeiras antigas ainda têm espaço. Durante boa parte da entrevista, Júlia conversava e brincava de elástico ao mesmo tempo. Olhava para o repórter e perguntava: “Dentro, fora ou meia-lua?” e, em seguida, fazia uma manobra entre as tiras do elástico esticado, com a ajuda da mãe.

“A gente volta a ser criança, porque brincamos com eles. Você pode se divertir, esquecer os problemas. Filho faz com que a gente se sinta criança de novo”, explica Kellen, que já quis ser professora e jornalista, mas o futuro foi diferente. Ela e o marido integram as fileiras da Polícia Militar do Distrito Federal. “Acho que se eu, quando criança, pudesse me ver hoje pensaria: “Como essa mulher é corajosa!”.

Ao ser perguntada sobre a razão de existir um dia em homenagem às crianças, a pequena Júlia responde com ares de obviedade: “Porque elas merecem”.
 

Edição: Carolina Pimentel

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