Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os professores da rede estadual de ensino decidiram hoje (16) em assembleia em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pela continuidade da greve. Cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, não aceitaram a proposta da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) de abrir a mesa de negociação apenas se a greve for encerrada. Na próxima sexta-feira (20), uma nova reunião na Cinelândia decidirá os rumos da paralisação, que dura 39 dias.
Desde a última assembleia, na quarta-feira (11), não houve avanços nas negociações. A coordenadora do Sepe, Ivanete Conceição, disse que o sindicato conseguiu um breve contato com o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, que prometeu marcar uma nova reunião até quarta-feira (18).
“Ele [Pezão] sinalizou que está disposto a marcar a reunião, mas desde até hoje nada foi alterado. As respostas que o governo dá não são para soluções imediatas. O que poderia ocorrer era a derrubada do veto [do governador Sérgio Cabral, impedindo que o professor tenha sua matrícula apenas em uma escola], já resolveria muito dos nossos problemas. É o movimento real que poderia ser feito”, explicou.
Um grupo com aproximadamente 40 pessoas, segundo o sindicato, continuará acampado em frente da Alerj até que o vice-governador receba os representantes do Sepe. Nesta segunda-feira, os profissionais fecharam a Rua Primeiro de Março por aproximadamente uma hora, para a votação, tumultuando o trânsito na região. Após uma discussão entre os grevistas, uma faixa foi liberada para a passagem de alguns ônibus.
A Seeduc informou, em nota, que o governo abrirá uma mesa de negociação para discutir a política salarial com o secretário Wilson Risolia, mas apenas com o fim da greve. Sobre a reivindicação de uma matrícula em uma escola, a secretaria informa que ela “será discutida em conjunto com um terço da carga horária livre para planejamento; a matriz curricular e lotação prioritária de forma a avançar na implementação das quatro situações”, garantindo em um prazo de cinco anos.
Edição: Fábio Massalli
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