Comissão do Senado dos EUA aprova texto da resolução que autoriza ação militar na Síria

04/09/2013 - 8h29

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou os termos do texto do projeto de resolução que autoriza o presidente norte-americano, Barack Obama, a usar a força militar na Síria. No texto, o prazo para a intervenção na Síria deve ser 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais um mês. A resolução, que ainda vai à votação ainda hoje (4), na comissão, proíbe o envio de forças terrestres norte-americanas.

Depois de passar na comissão, o texto ainda precisa ser votado pelo plenário do Senado, o que deve ocorrer no dia 9. A comissão deve ouvir hoje, a portas fechadas, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper. Obama anunciou a intenção de atacar a Síria depois das denúncias de uso de armas químicas contra civis. A principal suspeita recai sobre o governo do presidente Bashar Al Assad.

Ontem (3), a Comissão de Relações Exteriores do Senado ouviu o secretário de Estado (equivalente a ministro das Relações Exteriores), John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel. A audiência com as autoridades também foi fechada.

A intervenção militar na Síria divide os líderes internacionais. A França e o Reino Unidos anunciaram apoio aos Estados Unidos. Mas o Brasil, por intermédio do ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, condenou a ação. Figueiredo ressaltou que qualquer medida militar deve ser definida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Figueiredo disse ainda que as ações militares devem ser o último recurso a ser adotado em caso de confronto. Na semana passada, ele defendeu a busca por uma solução negociada na Síria. A Rússia e a China, assim como o Irã e a Venezuela, condenam a ação militar.

*Com informações da emissora estatal de televisão do Japão, NHK //Matéria alterada às 19h14 para ajuste de informação. A comissão aprovou os termos do texto, conforme está no primeiro parágrafo, e não a resolução em si

Edição: Graça Adjuto