Empresas norte-americanas precisam de garantia para investir no Brasil, diz secretário dos EUA

16/08/2013 - 17h59

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília -  O secretário de Energia dos Estados Unidos, Ernest Moniz, disse que as empresas norte-americanas querem investir “grande capital” no Brasil, “mas precisam de garantia razoável para seus investimentos” e que eventuais parcerias devem ser operadas com “bons modelos de negócios”. Moniz está em visita ao Brasil e se reuniu hoje (16) com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e, depois, participou de almoço com cerca de 30 empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Moniz avalia como “muito bem sucedida” a participação de empresas norte-americanas nos leilões de petróleo no país e que o Brasil é visto por elas como local “muito importante” para negócios. “O potencial do Brasil é gigante e nossas empresas querem participar”, disse referindo-se aos leilões previstos para o pré-sal e para gás não convencional.

Após os encontros, Moniz falou a jornalistas sobre possíveis novos acordos bilaterais com o Brasil nas áreas de biocombustíveis, gás não convencional (shale gas), eficiência energética e, também, sobre questões ambientais. “EUA e Brasil representam 70% da produção e uso de etanol no mundo. Somos os gigantes dos biocombustíveis e tivemos os benefícios de um comércio bilateral nesse setor”, disse o secretário norte-americano.

Moniz lembrou que, ao lançar o plano de ação em matérias sobre o clima, o presidente Barack Obama declarou que seu objetivo era diminuir a emissão de gases, seus efeitos no meio ambiente e preparar o país para os efeitos das mudanças climáticas. “É o nosso norteador para os próximos anos”, disse o secretário durante coletiva de imprensa.

Na conversa com o ministro Lobão foram acertados detalhes sobre a viagem da presidenta Dilma Rousseff aos EUA em outubro. Os dois conversaram também sobre possíveis cooperações entre os países e suas empresas e da importância em colocar os combustíveis fósseis como “parte importante da agenda” envolvendo Brasil e Estados Unidos.

“Falamos de muitas parcerias. Sobre como ampliar parcerias com biocombustíveis, o que envolve busca e desenvolvimento de eficiência [energética]; sobre atividades científicas, como aplicação de nanociência para energias renováveis; falamos em aperfeiçoar colaboração para melhora do clima; e sobre a questão da floresta tropical úmida”, disse o secretário de Energia dos EUA.

Edição: Fábio Massalli

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil