Transferência de eventos da JMJ para Copacabana divide opinião de moradores

27/07/2013 - 10h36

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A transferência da vigília com o papa Francisco e da missa oficial, de Guaratiba para Copacabana, divide a opinião de moradores quando o assunto é o tumulto causado pela alteração na rotina no bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Os eventos marcam o encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) neste final de semana.

Ana Maria Magalhães, aposentada, acha “linda” a quantidade de pessoas que chegam à praia para o encontro com o papa Francisco, todas com espírito fraterno. “Estou adorando esse papa”, resume. Ela mostrou-se compreensiva em relação à mudança dos eventos, porque entende que isso beneficiou os fiéis. “Pegar aquele lamaçal [no Campus Fidei - Campo da Fé] não seria legal”.

Outra moradora do bairro, a jornalista Eli Rocha, lamentou que, por causa dos feriados, não tenha podido abrir o escritório, entretanto, os tumultos no trânsito, segundo ela, acabam valendo a pena pela beleza do espetáculo que é a JMJ.

O economista Christian Travassos, por sua vez, morador de Botafogo, bairro próximo à Copacabana, sofreu no deslocamento a alteração do local dos eventos da JMJ. Usuário habitual do metrô, ele foi obrigado a usar ônibus e táxi para se deslocar. Ele pretende ir com a família à Copacabana para a vigília com o papa.

A transferência dos eventos para Copacabana afetou também os planos que vinham sendo preparados há mais de um ano por um casal de noivos para a festa de casamento hoje (27), no Copacabana Palace Hotel.

Os jovens Iris e Rodrigo, ambos oftalmologistas, estão preocupados com as dificuldades que os 400 convidados terão para fazer o percurso da igreja, no centro da cidade, até o local da festa, uma vez que a mudança dos eventos da JMJ vai fechar os acessos ao bairro a partir do meio-dia. “[A mudança] causou um transtorno enorme”, disse à Agência Brasil o cerimonialista Ricardo Stambowsky, responsável pela festa.

Segundo ele, o bloqueio das ruas trará problemas para a chegada não só dos noivos e dos convidados, mas também dos profissionais que vão trabalhar no casamento e na festa. Como não dá para transferir a festa para outra data, porque “está em cima da hora”, Ricardo Stambowsky está tentando usar o sistema de transporte de hóspedes de alguns hotéis, que tem passagem livre, e algumas cooperativas de táxi.

Edição: Talita Cavalcante

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