Da Agência Brasil
Brasília - O governo do Distrito Federal determinou a criação de colegiados setoriais da cultura que se destinarão a definir políticas públicas para vários segmentos, como dança, o teatro, a música, a literatura e as artes visuais. Pela portaria, publicada no Diário Oficial do DF, o governo determina que os colegiados devem organizar, propor e debater políticas públicas e diretrizes específicas para a cultura afro-brasileira. Em duas semanas, serão eleitos os integrantes dos colegiados.
Reunião preliminar ocorreu ontem (24) entre o secretário adjunto de Cultura do Distrito Federal, Miguel Ribeiro, e a produtora cultural Alexandra Capone, da organização não governamental Latinidades. Foram convidados representantes de vários segmentos culturais, mas eles não compareceram à reunião. A ideia é buscar alternativas de combate ao racismo, sexismo e em favor da promoção da igualdade racial.
Alexandra Capone defendeu esforço conjunto para adotar medidas de estímulo e apoio à cultura afro-brasileira. "O objetivo do colegiado setorial é construir políticas públicas e outras linhas de fomento e incentivo à cultura afro-brasileira, mapeando um plano setorial para cada tipo de linguagem", disse Alexandra Capone referindo-se às áreas artísticas que serão abordadas desde dança à literatura.
Alexandra Capone ressaltou que é fundamental respeitar as peculiaridades da cultura afro-brasileira, como os terreiros de religiões de origem africana. Alexandra Capone lembrou que a manutenção de um terreiro, por exemplo, é diferente de uma banda ou companhia de música. "Há [infelizmente] no Brasil um gargalo histórico no que diz respeito ao reconhecimento e a valorização da cultura negra e suas diversas manifestações artísticas", disse ela.
Edição: José Romildo
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