Secretaria de Aviação Civil e Aeronáutica firmam acordo para treinar bombeiros para aeroportos

12/07/2013 - 21h08

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria de Aviação Civil (SAC) e o Ministério da Aeronáutica assinaram um termo de cooperação para o treinamento de 1.031 bombeiros de aeródromo que devem atuar em 80 aeroportos reconhecidos internacionalmente e com voos regulares de passageiros com horários pré-aprovados pela SAC em todas as regiões do país.

O termo de cooperação foi assinado hoje (12) no Comando-Geral de Apoio da Aeronáutica, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, pela secretária de Navegação Aérea Civil em exercício, Sônia Cristina Lopes Machado, e pelo diretor de Engenharia do Comando da Aeronáutica, brigadeiro Francisco Pantoja.

Segundo a secretária, o termo vale por 12 meses e, neste período, os profissionais serão treinados para trabalhar em aeroportos que estão com deficit de profissionais. "Chegamos ao número com base nos levantamentos que foram feitos nos aeroportos atendidos nesta primeira fase, porque nada nos impede de continuar com a atividade. Um trabalho feito pela SAC identificou as localidades que apresentavam dificuldades", disse.

De acordo com Sônia Machado, as normas internacionais determinam que os aeroportos tenham um quadro permanente de bombeiros de aeródromo. Ela explicou que todas regiões vinham sendo atendidas, mas uma mudança na regulamentação do setor, que se tornou um pouco mais rigorosa nos critérios quantitativos de bombeiros, gerou um impacto e nem todas as  localidades estavam conseguindo atender à legislação. “ [A mudança na regulamentação] traria restrições ao funcionamento dos aeroportos. Se não tem bombeiros em número suficiente, o aeroporto não pode funcionar na sua plenitude”, explicou.

O subdiretor de Patrimônio da Aeronáutica, brigadeiro Robson Fernandes, explicou que o aeroporto pode ter o número suficiente de bombeiros de aeródromo, mas se quiser mudar de categoria e receber aviões de maior porte terá que contratar mais profissionais para atender às normas de segurança. “Pode ser que nos 12 meses surjam novas demandas e o programa não se encerrar agora”, disse.

As turmas serão formadas por 40 alunos por curso. Segundo o brigadeiro Robson Fernandes, Canoas (RS), Rio de Janeiro e Manaus terão dois cursos; em Anápolis (GO) serão três, e Salvador terá um. “Pretendemos nos programar para ter tudo equacionado. Temos um conjunto de profissionais que não são só instrutores, mas pedagogos e outros que estarão envolvidos”, disse.

Pelos dados da Secretaria de Aviação Civil, há 192 vagas na Região Norte, 138 na Centro-Oeste, 221 na Sul, 395 na Sudeste e 85 na Nordeste.

Fernandes explicou que há diferenças entre o bombeiro urbano e o que atua nos aeroportos. “Enquanto um bombeiro da cidade tem como objetivo principal apagar o incêndio, o bombeiro de aeródromo tem como objetivo abrir uma rota de fuga para os passageiros e salvar as vidas que estão lá. Essa é a principal finalidade dele. Salvar vidas. Ele abre o corredor de fuga e eventualmente entra na aeronave para resgatar os passageiros que estão lá dentro”, explicou.

Para o diretor de Engenharia do Comando da Aeronáutica, brigadeiro Francisco Pantoja, a Aeronáutica tem competência na engenharia contra incêndio e vai se firmar mais a partir do convênio. “Vamos ter uma melhoria de infraestrutura. Isso é um ganho significativo”, disse.

Edição: Fábio Massalli

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil