Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestantes fizeram passeata na manhã de hoje (25) na periferia da zona sul da capital paulista. Segundo a organização do protesto, participam do ato cerca de mil pessoas. Eles reivindicam melhorias no transporte público, na saúde, nas condições de moradia e também protestam contra o que classificam como genocídio praticado pela polícia na periferia.
O protesto, que teve início às 7h, começou embaixo de chuva, com parte dos manifestantes partindo do metrô Capão Redondo. Eles seguiram em passeata e interditaram a Avenida Carlos Caldeira Filho, no sentido centro. Outra parte saiu do bairro Campo Limpo. Os dois grupos de manifestantes encontraram-se no meio do caminho, por volta das 9h, e prosseguiram em passeata. Outro grupo faz manifestação em Guaianazes, na zona leste da capital.
Segundo Gilson Alves Garcia, representante do movimento Periferia Ativa e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a ideia do movimento é pressionar o governo do estado. “A gente tem visto de perto o genocídio na periferia e a polícia, por um momento, havia recuado”, disse.
Outra reivindicação dos movimentos é o congelamento do preço dos aluguéis. “Cada vez que a região vai melhorando, o preço dos aluguéis vai subindo e as pessoas não conseguem ter uma moradia digna”, declarou Gilson.
O Movimento Passe Livre (MPL), que organizou os protestos contra o aumento dos preços da passagem de ônibus na capital, também ajudou a organizar o protesto de hoje. “A gente sempre apoia, e não é de hoje, a luta do MTST e do Periferia Ativa”, disse Caio Martins, militante do Passe Livre. “Estamos brigando por transporte público, e uma das regiões que mais sofrem com falta de transporte é a do M'Boi Mirim. Tiraram as linhas de ônibus e apertaram o povo numa linha pequena para beneficiar empresários do transporte”, disse Gilson.
Edição: José Romildo
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