Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Federação Internacional de Futebol (Fifa) foi supreendida pelos protestos que acontecem em várias cidades brasileiras durante a Copa das Confederações. Segundo o porta-voz da federação, Pekka Odriozola, “ninguém estava esperando” as manifestações, que protestam, entre outras coisas, sobre os gastos públicos para a realização da Copa do Mundo de 2014.
Mesmo sem esperar que acontecessem as manifestações, segundo o porta-voz do Comitê Organizador Local da Copa das Confederações, Saint-Clair Milesi, a organização do evento estava preparada para diversos cenários envolvendo a segurança dos envolvidos no torneio.
“Do lado operacional, para as medidas de segurança, nós pensamos em muitos cenários, mas não esperamos que isso fosse acontecer. Você precisa estar preparado para qualquer coisa”, disse Milesi.
Milesi qualificou como um boato a informação de que a Itália planejava deixar a Copa das Confederações devido aos protestos. “A própria Itália está achando absurda [essa informação]”, disse o porta-voz do Comitê. De acordo com a Fifa, nenhuma seleção fez um pedido oficial para abandonar a competição.
Pekka Odriozola descartou cancelar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, não há como dizer se haverá mudança no esquema de segurança para o evento que acontecerá no Brasil no ano que vem. “Faremos análises após a Copa das Confederações, para avaliar o que deu certo e o que deu errado”, afirmou.
Sobre o apedrejamento de ônibus da Fifa em Salvador ontem, Odriozola informou que ninguém ficou ferido porque os veículos estavam estacionados, vazios, quando foram alvejados por manifestantes. Segundo o porta-voz, o presidente da entidade, Joseph Blatter, que não está mais no Brasil, está sendo constantemente informado sobre os protestos no país.
Edição: José Romildo
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