Em ação no Rio, Pró-Egresso quer inserir ex-detentos na sociedade

29/05/2013 - 15h11

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pessoas que saíram do sistema penitenciário do estado participam hoje (29) da segunda edição do projeto Pró-Egresso. O objetivo da iniciativa do governo do estado, em parceria com empresas privadas e organizações não governamentais (ONGs), é reinserir os ex-detentos na sociedade, oferecendo empregos, assistências médica e odontológica, atividades e oficinas culturais, além de documentos pendentes. A ação ocorre no Patronato Margarino Torres, em Benfica, na zona norte do Rio.

Para a coordenadora do Programa de Empregabilidade da ONG AfroReggae, Daniela Pereira, a ação auxilia na reintegração de egressos do sistema penitenciário na comunidade e atende às necessidades da sociedade. A equipe da AfroReggae e empresas parceiras estiveram presentes no local para ajudar na entrada dessas pessoas no mercado.

“É uma ação para todos. Nosso objetivo é que o egresso não volte para o crime e as pessoas não entrem para essa vida. Todos os que estão aqui serão encaminhados para as vagas. Temos mais de 100 vagas de emprego”, disse.

Ela explica que os ex-presos sofrem preconceito da sociedade e de empresas, por isso, sentem dificuldade para conseguir emprego e voltam a cometer crimes. “Toda empresa que fecha parceria conosco sabe da condição das pessoas que elas estão contratando, o que diminui o problema do preconceito e da exclusão social.”

A presidenta do Conselho Penitenciário, Maíra Fernandes, disse que alguns egressos que participaram na ação que ocorreu no ano passado estiveram presentes no evento de hoje. “ De fato ainda existe [preconceito], mas as empresas estão sendo mais abertas a essa empregabilidade. Alguns rapazes que participaram da ação passada, que foram empregados, vieram hoje para contemplar e apoiar o evento, alguns pelas suas empresas e outros para aproveitar as outras atividades culturais que estão sendo oferecidas.”

Na primeira ação Pró-Egresso, que ocorreu em setembro do ano passado, mais de 200 ex-detentos conseguiram emprego, sendo 53 apenas pelo programa do AfroReggae. Desses 53, 30% não permaneceram no posto. No entanto, alguns voltaram a procurar a organização para uma nova chance em outra empresa.

Edição: Talita Cavalcante

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