Futuro diretor-geral da OMC diz que Brasil deve se orgulhar do papel de exportador de commodities

23/05/2013 - 13h13

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Primeiro brasileiro eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, alertou hoje (23) que o Brasil deve ter orgulho de ser um exportador de commodities e produtos agrícolas. Mas, segundo ele, é fundamental que isso não limite o potencial exportador do país. Para Azevêdo, o Brasil apresenta condições de atuar em “várias frentes”.

“Não vejo a menor vergonha de o Brasil ser um exportador de commodities e produtos agrícolas. Vergonha seria o contrário, algo que não se justificaria. Mas o Brasil tem capacidade de ser exportador em várias frentes”, disse o diplomata, que participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Ao ser perguntado pelos senadores sobre as negociações da União Europeia com o Mercosul, o embaixador disse que elas ocorrem bilateralmente e, não no âmbito da OMC. Segundo ele, é importante também ressaltar que a organização não tem um papel fiscalizador desse tipo de negociação. “A organização não fiscaliza, os membros é que fiscalizam”, ressaltou.

Responsável pelas negociações comerciais internacionais há cerca de 20 anos, o embaixador brasileiro destacou que o Brasil é um “grande exportador” e apelou para que se adote uma estratégia voltada à competitividade. “Temos de olhar mais a competitividade, não apenas no setor industrial, mas também no agronegócio”, disse. “O Brasil não é um país importante não apenas porque é exportador, mas porque é também um importador.”

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Edição: Talita Cavalcante

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