Presidente da Venezuela pode visitar o Brasil na próxima semana

02/05/2013 - 14h41

Renata Giraldi e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prepara visita ao Brasil, o que pode ocorrer na próxima semana. A data ainda não foi fechada, mas o dirigente venezuelano enviou mensagens de que pretende visitar vários países vizinhos e que o Brasil está na relação. Segundo assessores, Maduro quer agradecer o apoio que recebeu ao ser empossado presidente, no último dia 19, e ressaltar a parceria com o Brasil.

A cerimônia de posse de Maduro, há pouco menos de duas semanas, reuniu presidentes de vários países sul-americanos. A presença dos líderes da região foi entendida como confirmação de apoio à eleição, que ocorreu em um momento conturbado da vida política da Venezuela, com a morte do presidente Hugo Chávez em 5 de março.  

A relação entre Brasil e Venezuela se intensificou nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Também ganhou mais força com o ingresso da Venezuela no Mercosul, em dezembro de 2012. A entrada dos venezuelanos no bloco sofreu resistências do Paraguai – país que está temporariamente suspenso do grupo.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países  associados. Com os venezuelanos, o Mercosul passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões. O bloco agora tem população de 275 milhões de habitantes.

Maduro visitará o Brasil no momento de tensão interna na Venezuela, pois a oposição rejeita os resultados das eleições presidenciais e há conflitos entre os políticos governistas e oposicionistas, que chegaram a embates físicos no Parlamento venezuelano.

Apontado pelo presidente Hugo Chávez como sucessor natural, Maduro tem o desafio de manter a coesão política do governo, avançar economicamente, controlar a inflação e dar continuidade aos programas sociais instituídos pelo antecessor. Porém, desde que assumiu o governo, esbarra em pressão e cobranças da oposição, liderada por Henrique Capriles, que perdeu a disputa presidencial por cerca de 200 mil votos.

Edição: Davi Oliveira

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