Obama acusa lobistas de mentir para impedir lei mais restritiva de venda de armas

17/04/2013 - 21h35

Da Agência Lusa

Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou hoje o lobby das armas de mentir deliberadamente sobre a lei que torna mais rígida a verificação de antecedentes para venda de armas para que ela fosse rejeitada no Senado. Obama, que fez uma declaração menos de uma hora depois de o Senado rejeitar a emenda, lamentou o que considerou ser um “dia vergonhoso para Washington”.

O presidente disse que era apenas a “primeira rodada” de um processo mais abrangente para limitar o acesso à compra de armas depois do massacre em Newtown, em dezembro, quando 20 crianças foram mortas a tiro em uma escola.

“Famílias que conhecem a dor inominável reuniram coragem para pedir aos seus líderes eleitos que não apenas honrassem a memória das suas crianças, mas que protegessem as vidas de todas as nossas crianças. Alguns minutos atrás, uma minoria no Senado dos Estados Unidos decidiu que não valia a pena”, disse Obama.

Visivelmente irritado pela decisão do Senado, o presidente recordou que a emenda bipartidária em discussão iria abranger os 40% das armas que, neste momento, são adquiridos sem verificação de antecedentes criminais em feiras ou pela internet.

A medida precisava de 60 votos para ser aprovada, mas foi derrotada por 54 contra e 46 votos a favor. Entre os votos contrários estavam o de vários democratas que enfrentam campanhas eleitorais no próximo ano.