Índice de intenção de consumo das famílias pesquisado pela CNC tem nova queda

16/04/2013 - 13h05

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a recuar em abril, segundo pesquisa divulgada hoje (16) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O ICF apresentou recuo de 1,2% (130,6 pontos) na comparação com março, e queda de 3,8% em relação a abril de 2012.

Entretanto, a pesquisa mostra que, apesar do novo recuo – o ICF também caiu 2,5% em março deste ano, em relação a março do ano passado, repetindo tendência de janeiro e fevereiro - os índices mantêm-se acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando um nível favorável de consumo.

Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da  economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 6,5% em 2013.

De acordo com a CNC, os principais responsáveis pela queda do otimismo em abril - tanto na variação mensal quanto na anual - foram a inflação, a manutenção do nível ainda elevado de endividamento e o menor otimismo com o mercado de trabalho.

O  resultado do índice, na comparação mensal, foi sustentado principalmente pela retração da confiança das famílias com renda acima de dez salários mínimos, com redução de 2,2%. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos apresentaram variação negativa menor, de 0,9%. O ICF das famílias mais ricas aparece com 138,4 pontos e o das demais alcança 129,1pontos.

As famílias com renda até dez salários mínimos registraram recuo mensal no quesito momento para duráveis – quando as famílias consideram que não é oportuno adquirir bens como eletrodomésticos e automóveis- com variação de -2,1%, enquanto aquelas com renda acima de dez salários mínimos aumentaram em 1,4%.

O componente nível de consumo atual apresentou quedas de 0,7% e 3,6% nas comparações mensal e anual. O maior percentual de famílias declarou estar com o nível de consumo igual ao do ano passado (38,2%).

O componente emprego atual também registrou variação negativa (-0,9%) em relação a março e queda (-1,4%) na comparação com o mesmo período do ano passado. Um maior percentual de famílias ainda se sente mais seguro em relação ao emprego atual (47,4%). O componente relacionado à renda apresentou recuo de 0,4% na comparação mensal. Em relação a abril de 2012, o item renda atual obteve queda de 1,2%.

Em abril, as famílias mostraram-se menos otimistas em relação ao mercado de trabalho na comparação mensal (-2%). Em relação ao mesmo período do ano anterior, o componente apresentou queda de 4,6%. Apesar do recuo, a maior parte das famílias (59%) considera positivo o cenário para os próximos seis meses. O índice situou-se em 128,2 pontos, indicando um nível favorável de satisfação. O item perspectiva de consumo registrou queda de 0,7% em relação a março. Na comparação anual, o índice também apresentou recuo (-4,2%).

Edição: Davi Oliveira

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