Sistema eleitoral da Venezuela é inviolável, diz Unasul

12/04/2013 - 20h14

Leandra Felipe
Enviada especial da Agência Brasil/EBC

Caracas - A missão de acompanhamento eleitoral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) disse hoje (12) que o sistema eleitoral da Venezuela é confiável, seguro e inviolável. A avaliação foi feita pelos observadores do organismo após auditorias e reuniões, feitas ao longo da semana, com funcionários do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e com coordenadores de campanha dos principais candidatos à presidência do país. No domingo (14), os venezuelanos vão escolher o novo presidente.

O chefe da missão, Carlos Chaco Alvarez, disse que foi verificado o mesmo padrão utilizado na disputa presidencial de outubro do ano passado. “O sistema eleitoral oferece garantias na identificação dos eleitores, segredo de voto e a possibilidade de auditoria posterior com a impressão dos votos computados pelas urnas eletrônicas”, destacou Chaco.

Segundo a Unasul, amanhã (13), 40 fiscais da missão viajarão a nove estados venezuelanos para acompanhar a votação de domingo. Ao todo, 18.903.143 de eleitores estão habilitados a votar em 39.322 mesas de votação, em 13.810 centros de votação (sessões eleitorais).

Com relação às queixas apresentadas pela oposição, no começo da semana, de que pessoas ligadas à campanha de Nicolás Maduro, candidato do governo, teriam a senha que inicializa as urnas eletrônicas, Chaco disse que o tema foi superado. “Ficou comprovado que essa senha não interfere nos resultados e que tanto os fiscais opositores, quanto os do governo têm conhecimento deste número”, explicou.

O chefe da missão observa que com a disputa acirrada entre os candidatos - Henrique Capriles e Nicolás Maduro - e com expressivo nível de polarização, o sistema eleitoral no país funciona com a garantia de que a vontade da maioria prevalecerá no domingo.  “A Venezuela decidiu construir um sistema eleitoral confiável para que o eleitor participe sabendo que o resultado será a expressão do que as pessoas escolherem”, conclui Chaco.

No ano passado, 81% dos eleitores votaram no pleito, que elegeu Hugo Chávez, que morreu no mês passado. Ele lutava contra um câncer.

Edição: Carolina Pimentel

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