Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O novo ministro dos Transportes, César Borges, que assumiu a pasta hoje (3), garantiu que as licitações no setor durante a sua gestão serão sérias e disse que buscará uma parceria honesta e sincera com o setor privado.
“Nós queremos empreiteiros sérios, que recebam dinheiro justo e deem o retorno de boas obras à sociedade brasileira, porque o dinheiro público é sagrado. Vamos trabalhar com quem devemos trabalhar, mas de forma correta e exigindo a melhor qualidade possível para que as obras tenham a durabilidade que a engenharia tenha condições de oferecer”, disse Borges, ao receber o cargo do ministro Paulo Sergio Passos.
Em 2011, o governo federal enfrentou uma série de denúncias de corrupção no setor, que resultaram em demissões de dirigentes do Ministério dos Transportes e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Borges ressaltou que a economia brasileira está crescendo e exigindo mais infraesturutra logística. “Reduzir os custos no Brasil é fundamental, e só iremos alcançar isso reduzindo os custos da infraestrutura, que muitas vezes oneram quando ela é inexistente e deficiente”. Ele também destacou a necessidade de restabelecer a capacidade de planejamento e a integração entre ferrovias, rodovias e hidrovias.
O ex-ministro Paulo Sérgio Passos disse que Borges chega em um momento animador, em que o Ministério dos Transportes está avançando em todas as frentes. Segundo ele, no final da década de 90 do século passado os investimentos da pasta eram de cerca de R$ 1,7 bilhões e agora chegam a R$ 15 bilhões. Passos também lembrou a importância do aperfeiçoamento da gestão nos Transportes.
Passos destacou o anúncio, no final do ano passado, do Programa de Investimento em Logística, que prevê a duplicação de 7,5 mil quilômetros de rodovias e a construção de 10 mil quilômetros de ferrovias. “Tudo isso se insere em um contexto de mudança e de reconhecimento de que ou investimos pesadamente em infraestrutura ou o país encontrará pontos de constrangimento e restrição ao seu crescimento econômico.”
Edição: Nádia Franco
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