Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em virtude dos protestos contra o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi cancelada hoje (20), pouco minutos depois de iniciados os trabalhos. A comissão iria debater questões relacionadas ao tratamento de pessoas com transtorno mental, a pedido do deputado Henrique Afonso (PV-AC).
Apesar da segurança da Câmara ter impedido a passagem de algumas pessoas, manifestantes defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros conseguiram entrar na sala de reunião da comissão e fizeram protestos contra o presidente do colegiado, Pastor Marco Feliciano. Essa foi a segunda reunião da comissão sob o comando do deputado.
Feliciano chegou ao plenário cercado por seguranças e, menos de dez minutos depois de iniciar os trabalhos, passou o comando da reunião para o deputado Henrique Afonso e deixou o plenário. Os manifestantes, contrários à sua eleição, exibiam cartazes e entoavam gritos de ordem. “Feliciano, não renuncia, eu vou para a luta todo dia”, gritavam.
O deputado Henrique Afonso tentou dar prosseguimento ao debate, mas como o clima continuou tenso, ele decidiu encerrar a reunião. O deputado lamentou que a discussão do tema da audiência pública tenha sido prejudicada.
Ao longo do dia, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tentou convencer a bancada do PSC a substituir o deputado Pastor Marco Feliciano no comando da comissão para tentar viabilizar o funcionamento do colegiado. À tarde, Henrique Alves disse a jornalistas que daria uma solução para o impasse.
Edição: Carolina Pimentel
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