Brasil assina acordo para facilitar entrada de empresários brasileiros nos EUA

19/03/2013 - 17h14

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os governos brasileiro e norte-americano assinarão nos próximos dias uma declaração de intenções para a criar um programa piloto no qual brasileiros, principalmente empresários, que viajam com freqüência aos Estados Unidos, terão sua passagem pela alfândega facilitada. O Global Entry – como é chamado, é considerado o primeiro passo para uma futura isenção de visto para brasileiros que queiram ir aos Estados Unidos a passeio ou negócios.

“Estamos no processo final de concluir e assinar uma declaração de intenções na qual os dois governos vão seguir trabalhando para que o sistema de Global Entry entre em vigor. Primeiro para os brasileiros e, com o tempo, para os americanos que estão viajando para o Brasil”, disse o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, após almoço do 8º Fórum de Altos Executivos Brasil–Estados Unidos, realizado no Palácio Itamaraty.

Para o presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, representante dos empresários brasileiros no fórum, com o Global Entry os viajantes frequentes terão um cartão e poderão passar pelo controle de passaportes sem a revisão detalhada que leva tempo na alfândega norte-americana. Ele estima que cerca de 1.500 brasileiros participarão do projeto piloto. O tratamento diferenciado não elimina a exigência do visto.

O empresário disse que, de acordo com as conversas entre as autoridades dos dois países, o segundo passo, após os sistemas de informação serem testados e aprovados, é abrir o Global Entry a mais pessoas. “No início, a meta, que era sempre de ter a dispensa do visto, parecia ambiciosa e inalcançável. Hoje eu posso dizer que é uma meta que está ao alcance dos olhos”, disse Gomes da Silva

O embaixador norte-americano diz que o avanço das negociações em torno da facilitação recíproca da entrada dos cidadãos interessa aos dois países, mas a isenção do visto ainda pode demorar. “Há muito interesse do lado dos dois países em chegar a um programa recíproco de isenção de vistos. Mas o horizonte, às vezes, é longe”.


Edição: Denise Griesinger

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