Carolina Gonçalves, Danilo Macedo, Pedro Peduzzi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O balanço das atividades econômicas do ano passado mostra que o governo conseguiu aproveitar oportunidades para criar um ambiente mais favorável para 2013, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, o país terá melhores condições para manter bons resultados este ano, mesmo diante dos reflexos da crise mundial que afeta principalmente as economias europeias.
Augustin destacou que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo país, “não apenas caiu, como melhorou de perfil”. Essa relação, que ficou em 36,4 % em 2011, caiu para 35,1% em 2012. Para Augustin, um dos pontos mais importantes desse resultado é que as dívidas de curto prazo responderam por 21,7%. “É um perfil mais positivo”, avaliou durante a apresentação do sexto balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
O secretário ainda garantiu que as despesas do governo devem continuar sob controle. Na relação com o PIB, os gastos com Previdência responderam por 0,93% do índice e as despesas com pessoal foram pouco mais de 4%. A redução nas taxas de juros se refletiu nos juros nominais do setor público. Os gastos do governo com pagamento de juros da dívida pública caíram de 5,7% do PIB para 4,8%. Segundo Augustin, ainda existe uma tendência de queda na participação desses pagamentos da dívida.
A avaliação do secretário do Tesouro Nacional é que, enquanto as economias europeias e a americana estão focadas em problemas fiscais, o Brasil conseguiu aproveitar 2012 para um reposicionamento de vários setores econômicos, o que vai dar mais tranquilidade para a situação econômica de 2013.
Augustin lembrou, por exemplo, que mesmo com toda a crise, em 2012, o país registrou uma nova queda do desemprego. “Foi o melhor ano e a tendência é que a queda do desemprego continue”. O secretário ainda destacou a melhoria de renda, principalmente entre os 20% das pessoas mais pobres do país, e o reposicionamento de preços da economia. Além do controle da inflação e a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, Augustin destacou a desoneração de 40 setores da economia, em um valor equivalente a R$ 45 bilhões.
“Tivemos grande redução de custos com a queda do preço de energia que entrou em vigência em fevereiro e que vai trazer competitividade maior para economia e custos menores para o cidadão”, disse ele.
A situação econômica do país em 2012 justifica o posicionamento do Brasil no ranking de interesse de empresas internacionais, na opinião do secretário. O Brasil é o terceiro país que desperta mais interesse entre os empresários estrangeiros em relação aos investimentos que planejam fora de seus países de origem.
“Isso tudo foi uma preparação importante para que nós tenhamos um 2013 semelhante a 2010, do ponto de vista de recuperação”, disse ele, ao lembrar a crise de 2009 e as medidas econômicas adotadas pelo país, que minimizaram os efeitos do cenário no ano seguinte. “As condições foram construídas para que o Brasil possa sair bem mais uma vez em um momento internacional difícil”, concluiu.
Edição: Juliana Andrade
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