Governo de Rondônia descarta ligação entre incêndio em veículos e transferência de presos de Santa Catarina

21/02/2013 - 14h22

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia descartou que os incêndios em seis veículos, registrados na madrugada de ontem (20), na capital do estado, tenham ligação com a transferência de três presos de Santa Catarina para a Penitenciária Federal de Porto Velho. Embora o órgão não confirme a chegada dos detentos, o governo catarinense informou que eles foram levados para Rondônia ontem.

Os presos são suspeitos de ordenar, de dentro das cadeias, os ataques violentos que começaram em 30 de janeiro e atingiram 36 municípios de Santa Catarina. Mais 37 detentos, que também são suspeitos de envolvimento com a onda de violência, foram transferidos, no fim de semana, para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN).

De acordo com a secretaria de Rondônia, a forma de atuação dos responsáveis pelo incêndio na madrugada de ontem deixa claro que não há qualquer relação com os episódios de Santa Catarina e a hipótese mais provável é que o fogo tenha sido provocado por vândalos. O órgão informou que os carros incendiados estavam sucateados e se encontravam em oficinas localizadas em três ruas de uma mesma quadra, no bairro Nova Porto Velho, região central da capital de Rondônia.

Imagens de câmeras de segurança instaladas próximas aos locais dos incêndios foram recolhidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil e revelam o momento em que dois rapazes, em uma motocicleta, chegam à região e ateiam fogo aos veículos, fugindo em seguida. A polícia investiga a identidade da dupla. Não houve vítimas. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e conseguiu evitar que o fogo se alastrasse.

Mesmo considerando remota a possibilidade, a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia não descarta um possível vínculo da ação desta madrugada com bandidos locais que, com o objetivo de ganhar visibilidade, aproveitaram os recentes acontecimentos para praticar os crimes.

Edição: Juliana Andrade

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