Corpo de Bombeiros reforça fiscalização nas festas de carnaval em Brasília

09/02/2013 - 15h33

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CMBDF) vai reforçar a fiscalização nas festas de carnaval em Brasília e no entorno com um adicional de mil homens. Eles irão atuar, principalmente, na Passarela da Alegria, no Eixo Monumental, entre o Estádio Nacional Mané Garrincha e o Palácio do Buriti; no bloco tradicional Pacotão, no Plano Piloto; em Taguatinga e em Brazlândia. Além do contingente adicional, todo o efetivo do Corpo de Bombeiros prosseguirá com atividades rotineiras. As comemorações de carnaval na cidade vão até a quarta-feira de Cinzas (13).

De acordo com o tenente-coronel, Mauro Sérgio de Oliveira Francisco, responsável pela fiscalização dos locais onde haverá festa de carnaval em Brasília, neste período há um planejamento de prevenção e de contingenciamento, voltados aos eventos com grande concentração de público. Os principais locais que promovem festas de carnaval são fiscalizados com 15 dias de antecedência, para que se adequem às medidas de segurança exigidas pelos bombeiros.

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) também fiscalizou bares e casas noturnas da cidade na última semana, motivada pelo incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, e interditou 27 estabelecimentos. Segundo o superintendente de Fiscalizações da Agefis, Cláudio Caixeta, responsável pelas inspeções, a agência irá controlar o comércio ambulante próximo aos locais de festa no carnaval, coibir o comércio ilegal nos eventos, impedir a venda de bebidas alcoólicas destiladas em garrafa e verificar licenças de funcionamento. Denúncias sobre estabelecimentos que não estejam adequados podem ser feitas pelo número 156.

A Agência Brasil acompanhou a fiscalização do Corpo de Bombeiros em dois dos maiores clubes de Brasília, o Iate Clube e a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

No Iate, são realizadas matinês e bailes de carnaval com lotação entre 600 pessoas e 700 pessoas. O salão principal tem capacidade para mil pessoas e três saídas de emergência. No clube todo, há mais de 200 extintores em diversos pontos. Segundo o gerente de comunicação do clube, João Rodrigues, uma empresa terceirizada é contratada para fazer a segurança. Haverá seis homens e três brigadistas para reforçar a segurança a cada noite. Esse pessoal se somará ao apoio já estruturado, que engloba portaria, motos e câmeras de vigilância.

Na fiscalização feita na AABB, o Corpo de Bombeiros instruiu a direção do clube a trocar todas as lâmpadas do salão principal. De acordo com o administrador do clube, Wander Wilson Marques, a recomendação já foi cumprida. As saídas e as luzes de emergência e os extintores de incêndio estavam em ordem.

Para o atendimento médico do público, a AABB montou uma tenda que terá cinco profissionais, entre médicos, enfermeiros e brigadistas. Ambulâncias serão acionadas em caso de emergência.

Segundo o tenente-coronel dos bombeiros, Mauro Francisco, em caso de qualquer tipo de emergência – seja incêndio, seja uma briga ou algum outro tipo de tumulto –, a principal atitude a se tomar é manter a calma e procurar as saídas de emergência, que devem estar sinalizadas com letras brancas e em fundo verde. Essas saídas devem ser identificadas pelos frequentadores assim que chegarem ao local da festa.

Caso haja fogo, o bombeiro orienta que não se tente apagá-lo. Se o incêndio for em um salão fechado, o que se pode fazer é se movimentar o mais rente possível ao solo, tentar improvisar uma máscara com uma camisa ou algum pedaço de pano molhado e andar em direção à saída de emergência.

Se houver queimaduras de primeiro ou segundo graus – leves ou médias –, o bombeiro informou que se deve jogar água corrente e fria para limpar o local. No caso de queimaduras de terceiro grau – mais profundas –, o local deve ser coberto com uma gaze embebida em soro e a pessoa levada imediatamente ao hospital. “Não se deve botar borra de café, pasta de dente, ou nenhum desses remédios caseiros”, explicou o bombeiro.

Edição: José Romildo

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