Aline Leal*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir deste mês, o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (IC-DF), que é filantrópico, passará a receber 24 horas por dia pacientes diagnosticados com infarto ou princípio de infarto vindos da rede pública de saúde. A medida é resultado de uma parceria do instituto com o governo distrital. Antes, o convênio previa o atendimento de pacientes da rede pública no instituto desde que com procedimento agendado com antecedência.
“O paciente quando chegar na rede [pública de saúde, inclusive Samu] e tiver o diagnóstico de infarto, e indicação de cateterismo cardíaco, ou indicação de angioplastia, vai ser encaminhado pela rede para o instituto no mesmo instante”, explicou Edna Maria de Oliveira, coordenadora de cardiologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Se o mesmo paciente tiver indicação de cirurgia, ele já vai ficar no instituto para o procedimento. O Hospital de Base, da rede pública, continuará recebendo pacientes que apresentarem o mesmo problema.
Com a mudança, o governo do Distrito Federal estima aumento de até 50 procedimentos (cateterismos e angioplastias) por mês no instituto, que já faz cerca de 225 mensalmente. O governo distrital irá repassar até R$ 5 milhões por mês para o instituto, dependendo do número de atendidos. A coordenadora destaca que a parceria serve ainda para desafogar os hospitais públicos.
Cirurgias e consultas eletivas continuarão a ser feitas no instituto. O superintendente do instituto, João Gabbardo dos Reis, ressaltou hoje (7) que o paciente deve procurar a rede pública para uma primeira avaliação, e só então, se necessário, é encaminhado para o instituto, ao conceder entrevista sobre o estado de saúde do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, ministro Marco Aurélio Garcia, que passou por uma cirurgia cardíaca e deve deixar a unidade de terapia intensiva (UTI) do instituto amanhã (8).
*Colaborou Paula Laboissière // A matéria foi alterada às 12h do dia 08/02 para corrigir uma informação sobre o Instituto de Cardiologia, que é filantrópico - e não particular, como foi publicado originalmente
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