Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A menos de dois meses das eleições gerais, as autoridades do Paraguai intensificam os contatos com representantes da América Latina e do Caribe para apresentar as medidas que serão adotadas para evitar fraudes no processo. As eleições no país ocorrerão em 21 de abril. Desde junho de 2012, o Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) porque os líderes da região discordaram da forma como o então presidente Fernando Lugo foi destituído do poder.
Ontem (6) o ministro do Interior, Carmelo Caballero, reuniu-se com representantes estrangeiros e paraguaios de organizações não governamentais para discutir medidas destinadas a impedir as fraudes no processo eleitoral. Caballero disse que será formada uma equipe de trabalho para garantir a transparência no processo.
"Trocamos algumas ideias para que trabalhemos com segurança para maior coordenação com outras instituições, como o Ministério Público e o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral”, disse o ministro, lembrando que a polícia tem um grupo de inteligência que faz um monitoramento constante.
Marta Ferrara, da organização Sementes para a Democracia, disse que vai colaborar com a experiência em monitoramento de processo eleitoral que a entidade tem em busca da “transparência e igualdade” para os candidatos e eleitores. Os representantes das organizações que participaram ontem da reunião disseram englobar 480 entidades na América Latina e no Caribe, com cerca de 1.400 observadores internacionais.
Paralelamente, há uma missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) em visita ao Paraguai. O encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Assunção (que exerce o papel de embaixador), José Vidal, descreveu as reuniões como positivas.
*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay // Edição: Juliana Andrade