Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O clima de incerteza sobre o que ocorrerá na Venezuela amanhã (10), data da cerimônia de posse do presidente reeleito, Hugo Chávez, é observado com tranquilidade pelas autoridades brasileiras. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar da Silva Nunes, disse à Agência Brasil que não há motivo para preocupação nem instabilidade na Venezuela.
Para Tovar Nunes, a ordem democrática será mantida. Ele defendeu que os venezuelanos definam o futuro político do país. “Não vemos elementos de instabilidade nem para preocupação. É uma situação excepcional, pois há um chefe de Estado reeleito que se encontra doente e inspirando cuidados, mas que deve ser definida pelos venezuelanos”, ressaltou.
O porta-voz destacou que o governo do Brasil aguarda os acontecimentos a cada dia, pois há uma expectativa sobre a melhora do estado de saúde de Chávez, assim como as definições sobre o que ocorrerá nesta quinta-feira em Caracas. “Não queremos antecipar dificuldades que não existem”, disse.
Na véspera da cerimônia de posse, ainda não há definição sobre o que ocorrerá. Há várias hipóteses em discussão, como alterar a data da posse, conceder uma licença por ausência temporária para Chávez ou empossar o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), Diosdado Cabello, e promover novas eleições presidenciais.
Chávez está hospitalizado em Havana, Cuba, há cerca de um mês. Desde então, ele não foi visto em público. Ontem (8), autoridades cubanas informaram que ele está reagindo ao tratamento para o combate ao câncer. Mas, no último dia 11, ao ser submetido a cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica, ele sofreu hemorragia e complicações respiratórias.
Em 18 meses, Chávez passou por quatro cirurgias. Nos últimos dias, aumentaram os rumores sobre o agravamento do seu estado de saúde. As filhas e o irmão Adám Chávez estão em Havana para acompanhar o tratamento. O presidente da República em exercício, Nicolás Maduro, pediu o apoio da população e criticou o que chamou de “guerra piscológica”.
Edição: Graça Adjuto
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