Movimento no comércio popular do Rio está 15% maior neste Natal

10/12/2012 - 18h07

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Apesar do calor na faixa de 30º Celsius, as ruas do comércio popular conhecido como Saara, no centro do Rio, estavam cheias hoje (10), faltando 15 dias para o Natal. O presidente da Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Enio Bittencourt, diz que o movimento está muito bom. “A Saara está lotada, está cheia demais, e com este calor todo. Estamos vendendo de 10% a 15% a mais do que no ano passado e o movimento de público vem subindo a cada dia”.

O local é tradicional de compras de Natal para a esteticista Carla Lins. “O preço está bom, vale a pena, continua com o mesmo preço do ano inteiro. Como compro presente para umas 25 pessoas, tem que ser na Saara, se não, não dá”.

O aposentado Emanuel Gutierrez vem de Bangu, bairro na zona oeste, distante 40 quilômetros da Saara, para fazer compras de Natal. “É tradição fazer compra na Saara, o preço está ótimo, vale a pena. Compro só lembrancinha, mas justamente porque tem que comprar muita coisa, vale a pena vir de tão longe”, afirma.

Do lado dos vendedores, o movimento é considerado bom. Locutor de uma loja de bijuteria, Lenilton Adriano anuncia as promoções e diz que o número de clientes sempre aumenta em dezembro. “Graças a Deus o movimento está excelente, ainda mais com essa promoção de qualquer peça a R$ 1,99”, comemora o locutor.

Para a vendedora Lindalva Araújo, de uma loja de utilidades domésticas e enfeites natalinos, apesar de bom, o movimento poderia ser melhor. “Está uma maravilha, mas eu esperava mais. Pelo movimento do ano passado, era para estar melhor este ano”, diz, mas lembra que “as pessoas deixam para comprar muito tarde, mas está muito bom”.

Quanto à ceia de Natal, pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que, enquanto a inflação foi 5,77%, os produtos típicos da mesa de Natal subiram 18,6% de dezembro de 2011 para novembro de 2012. O arroz subiu 33,49%, a batata-inglesa ficou 51,82% mais cara e o frango inteiro aumentou 10,45%.

O bacalhau subiu pouco acima da inflação, ficando 5,96% mais caro do que no Natal do ano passado. O aumento menor do que a inflação foi no preço do azeite (3,48%), do lombo suíno (2,84%) e do vinho, que subiu 1,61%. O pernil suíno ficou 1,26% mais barato no período.

 

Edição Beto Coura