Akemi Nitahara, Vladimir Platonow e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro e Brasília - Após a ocupação pacífica das comunidades de Manguinhos, Jacarezinho, Mandela e Varginha, na zona norte do Rio, as autoridades definiram as próximas ações. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos será instalada até dezembro e a do Jacarezinho até o fim de janeiro.
Pelos dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Complexo de Manguinhos tem 36 mil moradores e o do Jacarezinho cerca de 38 mil. No total, com a operação de ontem (14), serão 29 UPPs instaladas até agora no Rio.
As unidades de Polícia Pacificadora começaram a ser implantadas em 2008, na tentativa de aproximar a população e a polícia, fortalecendo as políticas sociais nas comunidades, segundo as autoridades fluminenses. O esforço é para recuperar os territórios ocupados por traficantes e milicianos.
A Secretaria de Segurança do estado informou que mais de 280 mil pessoas são beneficiadas pelas UPPs. A polícia comunitária representa a estratégia de parceria entre a população e as instituições da área de segurança.
Ontem, antes das 5h, mais de mil homens entraram nas comunidades de Manguinhos, Jacarezinho, Mandela e Varginha. A Operação Pacificação Manguinhos envolve efetivos das polícias Civil, Militar (PM), Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), além de fuzileiros navais. De acordo com a Secretaria de Segurança, a ocupação de toda a área foi pacífica e demorou apenas 20 minutos.
Participaram da operação de ontem os batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope), de Choque (BPChq), de Ação com Cães (BAC) e o Grupamento Aéreo-Marítimo (GAM). A operação prepara o local para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
A operação também faz cerco na Baixada Fluminense e em outras comunidades das zonas norte e oeste do Rio, para buscar armas, drogas e criminosos que possam ter deixado Manguinhos e Jacarezinho.
A Secretaria de Segurança do estado pediu a colaboração dos moradores, com informações sobre supostos criminosos e esconderijos pelo Disque-Denúncia (21) 2253-1177 ou o 190 da Polícia Militar.
Edição: Graça Adjuto