Haddad vai buscar apoio dos partidos da base do governo para o segundo turno

07/10/2012 - 23h49

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Agradecendo aos votos conquistados na eleição deste domingo e que o levaram ao segundo turno, o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse na noite de hoje (07) que pretende buscar apoio de todos os partidos da base do governo federal para a disputa final com o adversário do PSDB.

Segundo Haddad, será buscado o apoio do candidato Celso Russomano no segundo turno. A ideia do partido, disse Haddad, é ampliar o arco de alianças do primeiro turno, que incluiu o apoio do deputado federal Paulo Maluf (PP), ex-prefeito da capital.

“Sem nenhum veto ou restrição de nenhuma natureza, entendemos que, se os partidos apoiam o projeto nacional e se nós queremos que esse projeto nacional tenha expressão forte em São Paulo, é natural que, respeitando o tempo de cada partido ou candidato, busquemos o apoio desses partidos”, disse o candidato, em um hotel localizado na zona oeste da capital, na região da Avenida Paulista.

O candidato disse ter recebido vários telefonemas na noite de hoje (07), entre esses, dois que o deixaram emocionado: da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “São pessoas que promoveram a minha candidatura e nos ajudaram a consolidar uma plataforma para a cidade de São Paulo“, falou.

Haddad começou a discursar por volta das 20h40 e falou por cerca de 30 minutos, respondendo a perguntas dos jornalistas e fazendo agradecimentos ao “eleitor de São Paulo pela confiança depositada no nosso projeto”, à militância petista, aos adversários e à imprensa. “Foi uma jornada difícil. Saímos de 3% (das intenções de voto) para 29% dos votos válidos, o que é uma trajetória significativa”, disse o candidato.

O candidato esteve acompanhado no evento pelos ministros Alexandre Padilha (Saúde), Marta Suplicy (Cultura), Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além do senador Eduardo Suplicy.
 
Durante a coletiva, Haddad voltou a responder sobre os reflexos do julgamento do mensalão na sua candidatura. “Vocês me fizeram essa pergunta todos os dias nos últimos 45 dias. Quem aguentou 45 dias a mesma pergunta, aguenta mais 21 dias”, disse.

Haddad irá disputar o segundo turno com o candidato José Serra, do PSDB. Sobre o adversário, Haddad falou: “É o [candidato] que o povo escolheu e temos que respeitar a vontade popular. Não me cabe discutir a posição que o povo tomou”, disse. “Hoje existe um candidato de situação [Serra] e um candidato que propõe a mudança de rumo para a cidade de São Paulo”, falou.

Agora, o candidato disse esperar um segundo turno propositivo e respeitoso, no qual espera vencer com o plano de governo de seu partido para a prefeitura. “Nosso plano de governo é nossa grande vitrine, nosso cartão de apresentação. Vamos enfatizar as ideias que vão mudar a vida do paulistano para melhor”.

Haddad nasceu em São Paulo e tem 49 anos. Formado em direito, começou sua trajetória política no movimento estudantil. Foi ministro da Educação nos governos Lula e Dilma.

Edição: Davi Oliveira