Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os agentes federais, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia, realizada hoje à tarde, continuar em greve. A categoria também discutiu a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconheceu a greve da classe, em função da legitimidade do seu pleito, e fixou percentuais de efetivo que devem permanecer trabalhando em todo o país.
De acordo com a categoria, com a decisão do STJ, o efetivo no setor de emissão de passaportes do Aeroporto Internacional do Galeão - Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, deverá ser aumentado para 100% para atendimento mais rápido ao público, além dos postos de emissão de passaportes que funcionam nos shoppings Rio Sul, em Botafogo, e Via Parque, na Barra da Tijuca.
O comando de greve decidiu levantar junto à Superintendência Regional da PF, no Rio, dados oficiais do efetivo para que a decisão do STJ possa ser cumprida, de modo a não qualificar a greve como ilegal.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Estado do Rio, Telmo Correa, participa amanhã (25), em Brasília, de reunião para avaliar os rumos do movimento, onde os advogados dos 27 sindicatos da categoria e da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) vão discutir os aspectos jurídicos da greve.
Correa disse que levará para Brasília a proposta de contratar mais um advogado, de “peso técnico-político”, para acompanhar "os desdobramentos das decisões judiciais que o governo moveu para desmobilizar a paralisação".
Nesta terça, haverá também um encontro com o ministro da Casa Civil, Gilberto Carvalho, para tentar com que o governo reconheça as atribuições de nível superior dos papiloscopistas, escrivães e agentes federais, principal reivindicação do movimento.
A greve, iniciada no dia 7 de agosto, completa amanhã 50 dias.
Edição: Fábio Massalli