Governo brasileiro rechaça intervenção externa devido ao programa nuclear do Irã

18/09/2012 - 17h43

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, rechaçou hoje (18) a possibilidade de intervenção externa no Irã na tentativa de encerrar o impasse em torno do programa nuclear desenvolvido no país. Patriota disse que “preocupa muito” as autoridades brasileiras as manifestações favoráveis a esse tipo de ação. O Irã sofre uma série de sanções por parte da comunidade internacional, que teme a fabricação de armas atômicas.

O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nega o uso não pacífico da tecnologia de energia nuclear desenvolvida no país. Segundo as autoridades iranianas, o programa nuclear será utilizado, entre outras áreas, na de saúde.

Patriota, que participar do seminário Os desafios da Política Externa Brasileira em um Mundo de Transição, na Câmara dos Deputados, também mencionou a questão da busca pela paz entre israelenses e palestinos. O chanceler disse que, até o final do ano, visitará Israel e a Palestina. Segundo ele, é fundamental buscar uma solução pacífica para acabar com os conflitos que ultrapassam séculos na região.

“É muito importante lembrarmos de um acordo de paz de médio e longo prazo. É nesse sentido que mostra o perfil pacífico do Brasil, que é a vontade de dialogar com ambos os lados, uma vocação brasileira de convívio pacífico. Pretendo ir a Israel e a Palestina, também para retomada do tema pelas instâncias multilaterais”, disse o chanceler.

A presidenta Dilma Rousseff participa, no próximo dia 25, da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Será uma das primeiras a discursar e, a exemplo do que ocorreu no ano passado, ela pretende mencionar a necessidade de intensificar os esforços em busca da paz, citando israelenses e palestinos, por meio do diálogo.

Edição: Lana Cristina