Grito dos excluídos pedirá Estado a serviço de todos

30/08/2012 - 21h57

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A 18ª edição do Grito dos Excluídos, que ocorrerá de 1º a 7 de setembro em todo o país, irá questionar se o Estado está atendendo ao interesse geral dos cidadãos. Com o lema "Um Estado a Serviço da Nação, que Garanta Direitos de Toda a População", movimentos e pastorais sociais promoverão manifestações, como marchas, romarias, vigílias, panfletagens, e passeatas.

“Se todos somos iguais perante a lei, o Estado deveria garantir isso”, disse dom Guilherme Antonio Werlan, presidente da comissão episcopal Caridade, Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “O Brasil já nasceu um Estado que serve a interesses particulares. E nós temos que mexer na estrutura deste Estado”, acrescentou.

Além do tema principal, o Grito dos Excluídos também abordará a violência contra os jovens, a corrupção, as implicações das obras preparativas para a Copa do Mundo e a construção de barragens na Região Norte do país.

“Nós do Movimento dos Atingidos por Barragens [MAB] estamos discutindo a energia elétrica. Para que se produz energia elétrica no Brasil e para quem? A quem essa energia vai servir? Os benefícios dela serão para o conjunto da população brasileira ou serão para algumas corporações nacionais e internacionais?”, perguntou Iury Charles Paulino, do movimento de Belo Monte.

O Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da CNBB, pela Comissão Pastora da Terra (CPT), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Ameaçados por Barragens (Moab), MAB, pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e pela Assembleia Popular.

 

Edição: Rivadavia Severo