São Paulo tem o dia mais seco do ano com umidade relativa do ar em 25%

21/08/2012 - 16h10

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A capital paulista vive hoje (21) o dia mais seco do ano. Por volta das 12h, a umidade relativa do ar chegou a 25% e a cidade de São Paulo entrou em estado de alerta, segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. Em todo o estado, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de agosto teve 13 dias com umidade abaixo de 35% e sete dias abaixo de 30%.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que a umidade fique acima dos 60% para o bem-estar do ser humano.

Em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, o nível de umidade chegou a 32%, no início da tarde; em Votuporanga, noroeste do estado, a 27%; Piracicaba, 30%; Campos do Jordão, no Vale do Paraíba, 28%; Bauru, 35%; e Campinas, 32%. Segundo o Inmet, essas taxas devem baixar até 10 pontos no decorrer da tarde, no interior do estado.

Segundo Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet, apesar de mais de um mês sem chuvas significativas, agosto deste ano não deve ser o mais crítico, já que há previsão de chuviscos para o próximo fim de semana e de chuva, no início da próxima semana.

Em 2010, foram registrados 0,4 milímetro de precipitação (chuva) no mês de agosto. Em 2011, foram 45,2 milímetros e, até agora, em 2012, só choveu 0,3 milímetro em agosto. “Vai haver uma virada no tempo no final de semana e temos previsão de chuva, de segunda a quarta-feira”. De acordo com o meteorologista, agosto é normalmente o mês mais seco do ano.

Schneider explicou que, neste agosto, o grande problema não está sendo o nível de umidade do ar e, sim, a quantidade de dias sem chover, já que, desde 18 de julho, não chove significativamente. “Sem chuva, o ar fica muito poluído na cidade e, com o bloqueio atmosférico, que é quando a frente fria não consegui vir do Sul do país, o ar fica parado”. Ele destacou que, com o ar parado, fica mais perceptível a poluição local e das queimadas que vêm do interior.

Ainda de acordo com o meteorologista, levando em consideração os índices extremos, registrados até hoje pela manhã, não havia sido verificado nível tão crítico de umidade. Ele explicou que a umidade fica baixa não só devido à falta de chuvas, mas porque o vento está soprando do norte, o que faz com que a umidade caia muito. “Esse vento vem na região central do Brasil. Quando vem do leste, traz a brisa marítima e a umidade aumenta um pouco”.

As temperaturas variam entre 13 graus Celsius (°C) e 27 °C, com o sol forte durante todo o dia, o que não deve mudar até sexta-feira (24), quando aumenta a nebulosidade. No interior do estado, também não deve chover e as máximas devem chegar a 28 °C.

Para amenizar os efeitos negativos do tempo seco, a recomendação é ingerir bastante líquido, não fazer exercícios físicos entre as 10h e as 17h, período em que a umidade do ar fica mais baixa, deixar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir, não usar o umidificador elétrico por muitas horas seguidas, para evitar que o ambiente fique muito úmido e cause mofo e bolor, lavar as narinas com soro fisiológico ou fazer inalações com o produto, manter os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira, evitar frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas.

Edição: Lana Cristina