Pessoas que perderam seus negócios com o desabamento da 13 de Maio continuam desamparadas

25/07/2012 - 20h05

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O desabamento de três edifícios na Avenida 13 de Maio, na região central da capital fluminense, que deixou 17 mortos e cinco desaparecidos, completa hoje (25) seis meses. E quem perdeu o escritório na tragédia continua sem amparo.

A advogada Ana Betiza, representante da Associação das Vítimas da 13 de Maio, disse que as pessoas afetadas pela tragédia chegaram a se reunir com a prefeitura para negociar empréstimos a fim de refazer os seus negócios, mas sem sucesso.

“Infelizmente não se avançou nada, estamos aguardando empréstimo em fonte, um adiantamento de um empréstimo maior, pelo Investe Rio [agência de fomento do governo do estado do Rio de Janeiro], que foi prometido pela prefeitura. Quanto à recuperação de bens materiais, nós não recuperamos nada até agora. Então, a gente está lutando para obter essas coisas, mas não obtivemos êxito em nada”, disse.

De acordo com a advogada, o inquérito que apurou as causas do desabamento teve uma conclusão preliminar do delegado federal Fábio Scliar, com o indiciamento de sete pessoas. Mas o inquérito foi para o Ministério Público Federal (MPF), responsável por denunciar os culpados ou entrar com uma ação na Justiça, e ainda não teve resultado.

“A associação tem buscado as informações no Ministério Público sobre o inquérito, na Defesa Civil, no Crea-RJ [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro], os laudos, essas coisas que fizeram, para gente embasar o nosso pedido indenizatório contra as pessoas e contra o estado, o município, enfim, o que a gente julgue que seja necessário, dentro dos indiciados ou não”.

O Ministério Público Federal informou que recebeu dois inquéritos policiais referentes ao desabamento da Avenida 13 de Maio, um deles sem número na Justiça. Por isso, os dois processos foram enviados à Justiça Federal para que fossem unificados e recebessem um único número. No momento, o MPF aguarda o retorno dos inquéritos para dar prosseguimento ao processo.

 

Edição: Aécio Amado