Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Telebras pretende investir R$ 2 bilhões nos próximos dois anos para ampliar sua rede de distribuição e melhorar as condições de infraestrutura da companhia em todo o país. A informação foi dada hoje (19) pelo presidente da empresa, Caio Bonilha, depois de reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
No encontro, foi discutido o lançamento de um produto específico de internet para o serviço de banda larga de alta velocidade destinado ao setor corporativo. Bonilha destacou o lançamento no mercado, há duas semanas, pela Telebras, da Rede Privada Virtual (VPN), produto que atende a essa demanda.
O presidente da Telebras disse ainda que a empresa negocia a oferta de serviços para aumentar a capacidade da rede 3G de uma das operadoras punidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ontem (18), por deficiência nos serviços prestados aos usuários. A Claro, a OI e a TIM estão impedidas de vender novas linhas até cumprirem as exigências feitas pela agência reguladora.
De acordo com Bonilha, um dos grandes problemas que as operadoras de celulares vêm enfrentando diz respeito ao backhaul – sistema de interligação entre a estação básica e a central de controle da operadora. “É nesse serviço que a gente quer entrar para poder auxiliar neste esforço de melhora da qualidade dos serviços das operadoras", declarou.
Ele acredita que a Telebras possa melhorar, com seu produto, a capacidade das redes de banda larga 3G e 4G das operadoras. “As operadoras poderão usar o sistema da Telebras para incrementar a capacidade de suas próprias redes. Já estamos em negociação com uma operadora e esperamos que agora a gente acelere essa negociação", disse. Bonilha, no entanto, não revelou com qual operadora está negociando.
O presidente da Telebras informou que, em 2011, a empresa investiu cerca de R$ 80 milhões e que este ano os investimentos deverão ser aproximadamente R$ 400 milhões. A prioridade será atender às regiões onde há carência no atendimento à demanda por serviços de banda larga, em decorrência da pouca atratividade comercial, o que reduz o interesse por parte das grandes operadoras – que preferem os grandes centros e as áreas mais povoadas e de melhor retorno aos investimentos.
Edição: Lana Cristina