Confiança do brasileiro na manutenção do emprego cai 7,8% em pesquisa da CNI

02/07/2012 - 18h33

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Pesquisa realizada entre os dias 16 e 19 de junho pelo Ibope Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que a expectativa em relação à manutenção do emprego caiu 7,8% de maio para o mês passado, quando recuou de 135,2 para 124,6 pontos. Foi uma variação forte em relação ao “medo do desemprego”, segundo o economista Marcelo Azevedo, da CNI.

De acordo com o mesmo levantamento, divulgado hoje (2) pela CNI, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 1,7% entre as pesquisas de maio e junho, que são realizadas mensalmente pela confederação. O Inec baixou de 114,6 para 112,6 pontos, segundo os números divulgados. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas de 141 municípios.

A queda do Inec revela preocupação maior com o desemprego e com a situação financeira mais desfavorável, segundo o economista Marcelo Azevedo. Ele ressalta, porém, que a queda ainda não preocupa, uma vez que o Inec continua em patamar elevado. O incomum, segundo ele, foi a elevação de abril para maio, de 113 para 114,6 pontos, o que chamou de “um ponto fora da curva”.

O índice que mede a situação financeira também retomou a trajetória de queda, interrompida na pesquisa anterior, e recuou 3%, de 114,4 para 111 pontos, registrando o menor patamar desde setembro de 2009. “A avaliação do consumidor em relação à sua própria situação financeira está bastante negativa”, no entendimento do economista da CNI.

A preocupação com os preços da economia também aumentou, depois de seis meses de estabilidade, e “está em um patamar elevado”, de acordo com Azevedo. O índice que mede a expectativa de inflação recuou de 114,2 para 112,5 pontos. Ele explica que, na metodologia do Inec, “quanto maiores os indicadores, melhores as percepções dos entrevistados sobre alguns aspectos”.

O indicador referente ao endividamento dos consumidores passou de 105,1 para 105,3 pontos e cresceu 0,2%. Está no mesmo patamar que em igual período do ano passado. Em sentido inverso, o indicador  de compras de maior valor recuou 0,2%, de 112,1 para 111,9 pontos.

Edição: Davi Oliveira