Percentual de famílias inadimplentes tem ligeira queda de maio para junho, indica CNC

27/06/2012 - 13h16

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O percentual de famílias inadimplentes apresentou leve queda de maio para junho, ao passar de 23,6% para 23,2%. Os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor foram divulgados hoje (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de entrevistados que disseram não ter condições de pagar as dívidas também teve ligeira queda no período, de 7,8% para 7,5%.

Já o índice de famílias endividadas aumentou 1,4 ponto percentual de maio para junho, passando de 55,9% para 57,3%.

O cartão de crédito foi o principal tipo de dívida apontado na pesquisa (74,8% das famílias), seguido por carnês (19,7%) e crédito pessoal (10,4%).

Segundo a coordenadora da pesquisa, Marianne Hanson, na comparação com o mesmo período do ano passado, os dados mostram que o percentual de famílias inadimplentes tem caído em menor ritmo do que o de endividados.

“A queda do percentual de famílias inadimplentes entre junho do ano passado e deste ano ficou em 1 ponto percentual, já a do total de endividados ficou em 6,8 pontos percentuais no mesmo período. O que aponta que as famílias estão mais cautelosas em relação ao crédito e que há um grupo de famílias com dificuldades de sair da inadimplência”, disse.

A pesquisadora disse, no entanto, que um dado positivo da pesquisa é que o perfil do endividamento melhorou. De maio para junho, o percentual na categoria muito endividado caiu de 13,9% para 12,4%. Em junho de 2011, 16,6% das famílias entrevistadas declararam estar nessa condição.

Já a parcela que disse estar pouco endividada passou de 21,7%, em maio, para 24,9%, em junho (mesmo patamar de junho do ano passado). “A percepção em relação ao nível de endividamento está melhorando. Essa mudança indica a possibilidade de melhora [da situação] dessas famílias e de que nos próximos meses elas tenham condições de pagar suas dívidas”, destacou Marianne.

Edição: Juliana Andrade