Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O conceito de economia verde vai sobreviver à grave crise econômica enfrentada atualmente, principalmente nos países europeus. A conclusão é de empresários ligados à Câmara Internacional de Comércio (ICC, em inglês), que representam o comércio e a indústria nas discussões dos chamados Major Groups, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
A ICC representa milhares de empresas em mais de 120 países e desenvolveu um documento chamado Mapa da Economia Verde, divulgado hoje (15), com dez sugestões para equacionar o dilema gerado pelo aumento da competição econômica e a limitação do uso dos recursos naturais, além do aumento da população mundial para 9 bilhões de habitantes, previsto para ocorrer em 2050.
Para a executiva da empresa Dow Chemical Martina Bianchini, o conceito de economia verde ainda é muito recente, mas representa o futuro nos negócios, enquanto a crise atual é passageira. “A economia verde vai sobreviver à crise. O futuro será tornar os negócios mais verdes. Temos que fazer com que todas as empresas sejam sustentáveis. Isso começa com o uso dos recursos naturais de forma mais eficiente, com menor emissão de carbono e menos uso de água. Também é preciso aumentar o ciclo de vida dos produtos que fabricamos e aprendermos a fazer mais, usando menos materiais.”
O Mapa da Economia Verde aponta que 3 bilhões de pessoas subirão para a classe média mundial até 2030, gerando um grande aumento de demanda por serviços e produtos. Em função disso, o preço dos produtos primários, chamados de commodities, estão atingindo um vertiginoso aumento, com 147% de valorização desde o início deste século. Em contrapartida, o potencial de comércio da economia verde é calculado entre US$ 2,1 trilhões e US$ 6,3 trilhões nos próximos anos. O documento divulgado hoje pode ser acessado no link www.iccwbo.org.
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Edição: Lana Cristina